Flávio Bolsonaro: 'Vai botar um petista na PGR? Óbvio que não'
Senador filho de Jair Bolsonaro, negou que tenha predileção por algum nome específico e afirmou que gosta do candidato que seu pai definir e que todos os postulantes são "pessoas qualificadas".O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) negou nessa quarta-feira (21) que esteja apadrinhando o subprocurador-geral Antônio Carlos Simões Martins Soares para o comando da Procuradoria-Geral da República.
Questionado sobre a escolha de um procurador-geral da República ( PGR ), o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente, defendeu que o nome deve ter alinhamento ideológico com o governo. Ele disse ser natural que o presidente escolha alguém que pense como ele para o cargo.
"Parece meio óbvio. Vou botar um petista na PGR? O presidente vai botar um cara do PSOL? É óbvio. Tem alguma coisa de anormal nisso? Vou botar um cara lá que vai trabalhar contra as pautas voltadas para meio ambiente, para segurança pública, para costumes? Não tem sentido", rebateu o senador.
Ele afirma que recebeu Soares como recebeu vários outros candidatos, por sua condição de senador. O escolhido para o cargo precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado antes do dia 17 de setembro. Caso o contrário, a PGR será ocupada por um interino.
Flávio Bolsonaro ressalta que não tem feito lobby por Soares."Já recebi vários candidatos. Não apadrinhei ninguém. Querem queimar o cara, tentam desqualificar ele porque eu o recebi, porque ele é do Rio? Porque ele é meu candidato? Nunca falei isso. Conheci agora há pouco", afirmou o senador.
Por fim, Flávio afirmou que gosta do candidato que seu pai definir e que todos os postulantes são "pessoas qualificadas".
Se a PGR ficar vaga, quem assume interinamente é o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Neste mês, o subprocurador-geral Alcides Martins foi eleito vice-presidente do conselho. Martins é um dos mais antigos membros do MPF e Jair Bolsonaro teria sinalizado a aliados que Carlos Simões Martins Soares poderia ser escolhido para substituir Raquel Dodge, atual procuradora-geral.
Os três nomes que compõem a lista tríplice são, nesta ordem, Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul.
Quem são os escolhidos?
O subprocurador-geral da República Mário Bonsaglia já havia sido eleito para as listas tríplices de 2015 (segundo colocado) e 2017 (terceiro). Ele integra a 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (Ministério Público Federal), que atua em temas ligados às populações indígenas e comunidades tradicionais. Bonsaglia é membro do MPF desde 1991.
Também subprocuradora-geral da República, Luiza Frischeisen coordena a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, da área criminal. Ela é procuradora da República desde 1992. Bonsaglia e Frischeisen estão no nível mais alto da carreira no MPF.
Blal Dalloul é procurador regional da República e atua no MPF há 34 anos, primeiro como servidor e depois como procurador. Foi secretário-geral do MPF entre 2016 e 2017, durante a gestão de Rodrigo Janot, e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
A lista tríplice não tem previsão legal, mas tem sido observada por todos os presidentes da República desde 2003. Bolsonaro não se comprometeu a indicar um dos nomes mais votados pelos colegas.
Fonte: JTNews com informações do Yahoo Notícias e Uol
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