“You are fired!” Você está demitido, Trump!
O radical Donald Trump dá lugar ao gentleman Joe BidenYou are fired! Essa frase tornou o empresário da construção civil Donald Trump famoso na TV mundial, como apresentador carrasco do programa O Aprendiz, da rede norte-americana NBC. Para quem não se lembra, candidatos disputavam uma vaga de emprego tendo que mostrar o melhor de si e superar as capacidades dos demais. Ao longo das semanas, um a um caia ouvindo a mesma frase dura: “você está demitido!”.
O jeito feroz, cruel até, na análise das falhas dos candidatos ao emprego ajudou na criação do mito Trump. Ele sonhou alto, com a presidência e, a conquistou, com um discurso rude, ofensivo, cheio de palavrões, e com a manipulação maciça das mídias sociais, criando Fake News, mentiras absurdas, teorias conspiratórias ridículas sobre grupos místicos sombrios que tentariam dominar os Estados Unidos e o mundo caso a candidata democrata Hillary Clinton fosse eleita.
Essas mentiras circularam diariamente pelos aplicativos, principalmente Facebook e Whatsapp, como metralhadoras, disparando e se espalhando por grupos conservadores, prontos a acreditar em teorias ligadas ao poder de Satanás, ao medo do comunismo, medo da ciência, das supostas redes de pedofilia operadas pelo Partido Democrata. Tudo mentira, tudo Fake News, teorias malucas, exatamente como temos visto circulando aqui pelas nossas redes sociais no Brasil.
Após 4 anos em que a mentira ganhou ares oficiais, sendo anunciada até mesmo pelos funcionários da Casa Branca, parece que a fórmula se esgotou nos Estados Unidos. A população foi às urnas, como nunca antes em 240 anos de eleições no país. Foi às urnas muito dividida. E saiu exatamente assim, dividida.

Ao contrário do Brasil, o sistema de eleição do presidente norte-americano é indireto. O eleitor vota, na verdade, nos delegados que, depois, elegerão o presidente. E o partido que tiver mais votos nas urnas, ficará com todos os delegados daquele estado (com apenas duas exceções, estados em que a escolha de delegados é definida de acordo com o número de votos de cada partido).
Trump perdeu duplamente: perdeu no número total de votos do eleitorado e, claro, no número de delegados, com Joseph (Joe) Biden superando os 270 votos necessários. A contagem de votos é demorada, porque é manual, exatamente como era feita no século 18, quando as 13 colônias britânicas venceram a guerra de independência e se fundiram num país federado, em que os estados guardam forte autonomia em relação ao poder central (com leis próprias sobre pena de morte ou trabalhos forçados, posse de armas, consumo de drogas...).
No primeiro discurso, Biden fala em curar as feridas que dividem o país. E vai precisar mesmo de muito esforço para conseguir isso. A maior parte das vitórias de Biden foi por pequena margem de votos nos estados, demonstrando que os conservadores pró Trump são muitos. Entre esses apoiadores, há grupos armados, como a Ku Klux Klan, a Nação Ariana e dezenas de outras milícias racistas que acreditam nas teorias das Fake News de que os Democratas são socialistas que vão impor uma ditadura comunista na Casa Branca.
Neutralizar esse inimigo interno, capaz de cometer atos de violência, será a principal missão do novo presidente dos Estados Unidos.
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