Samantha Cavalca manda Petrus criar "vergonha na cara" e vereador rebate: "velha politicagem"

Os vereadores Samantha Cavalca e Petrus Evelyn, ambos filiados ao Progressistas, protagonizaram uma troca de acusações nesta segunda-feira (9) sobre a atuação da base aliada do prefeito Sílvio Mendes (União Brasil) na Câmara Municipal de Teresina. Samantha chamou Petrus de mentiroso e disse que ele deveria “ter vergonha na cara” ao insinuar que ela estaria cobrando espaços na gestão municipal.

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Samantha Cavalca

Em sua declaração, Samantha negou qualquer cobrança por cargos e afirmou que foi eleita sem depender da estrutura da Prefeitura. Segundo ela, sua cobrança é para que o prefeito Sílvio Mendes organize sua base na Câmara, já que, na visão da vereadora, a ausência de articulação política tem provocado ataques à gestão por parte dos próprios parlamentares.

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Petrus Evelyn

“O Petrus falou recentemente que eu estava cobrando o Sílvio através de cargo. É um mentiroso. Ele devia ter vergonha na cara dele e parar de mentir, porque eu não estou cobrando o Sílvio porque eu me elegi, gente. Eu me elegi sem comprar um voto. Eu nunca tive cargo em nenhum tipo de gestão. Eu não preciso de cargos para me eleger. No dia que eu precisar comprar voto, eu saio da vida pública. Esse é o compromisso que eu faço. E outra coisa, ele inventou que eu estava cobrando o Sílvio. Não! Eu estou cobrando o Sílvio. Eu continuo cobrando o Sílvio. O Sílvio tem que fazer a base dele. Estão ocorrendo os ataques à gestão Sílvio Mendes aqui na Câmara. Isso está acontecendo porque o Sílvio não fez a base dele. Não quero saber de cargo. Eu quero que ele faça a base dele, porque, a partir do momento que ele faz a base dele, ele aprova o que precisa ser aprovado. E não é aprovado para mim, vai aprovar é para o povo de Teresina”, disse Samantha.

“E aí, quando o Petrus fica com raiva de alguém que está pedindo para o Sílvio fazer a base dele, na minha opinião, o Petrus está torcendo contra o Sílvio Mendes. E basta você olhar as redes sociais do vereador Petrus. Ele só ataca o Sílvio Mendes. E eu quero saber por quê. Ele se elegeu falando, criticando o PT. Por que ele não fala mais do PT? Por que ele parou de falar do governador Rafael Fonteles? Por que ele não fala mais da Segurança Pública? Virou o melhor amigo do Chico Lucas, do secretário Chico Lucas? Essa é a pergunta que eu quero saber, que a população quer saber. Então, eu acho que você tem que perguntar para ele. Ele dizer que eu estou atrás de cargo? Eu desafio: se ele for homem, que ele diga que eu estou atrás de cargo. Qual foi o cargo que eu pedi na Prefeitura?”, reforçou a vereadora.

Petrus afirmou que o discurso de Samantha representa uma tentativa de pressionar o prefeito por meio de cargos e classificou essa postura como “velha politicagem”. Segundo o vereador, a defesa da formação de base por meio da distribuição de espaços é inadmissível.

“Eu acho que a pessoa que fica nas redes sociais ou dando entrevista, falando de base, que o prefeito deve criar a base, ela está avisando para o prefeito: 'Olha, eu e os outros vereadores só vamos atuar aqui dentro se tiver a base', que é o quê? É o prefeito liberando cargos para os vereadores. Isso aí não é papel de vereador. O vereador tem que atuar independente de cargo ou não. Por que essa suposta base não apoia o Sílvio, independente do que o prefeito estiver oferecendo para ela? Não faz sentido isso. Se a pessoa está dizendo que tem que formar a base, o que ela está dizendo? O que ela está passando naquela mensagem? Ela chega a dizer assim: "A base pode morrer, mas vai matar"... Nem lembro o que era a frase, mas uma bobagem, aquela frase ali”, declarou Petrus.

Petrus também criticou o uso do argumento da base eleitoral como justificativa para apoiar a gestão. Ele disse que seu papel é defender os interesses do município e não o prefeito ou qualquer projeto político específico.

O vereador finalizou que sua postura crítica é um compromisso com os eleitores e não de alinhamentos partidários. “Ou o vereador apoia o prefeito porque ele gosta, ele acredita na gestão, ou ele não apoia porque ele discorda das ações. Agora, formar a base dizendo o quê? Que o prefeito tem que comprar os vereadores? Isso é um absurdo. Uma fala que mostra toda essa velha politicagem de que o prefeito tem que ficar comprando o vereador. É um absurdo isso e mostra como as coisas estão bagunçadas. A pessoa fala isso abertamente, não tem nem vergonha de falar um comentário desse. Eu não tenho que apoiar o Sílvio Mendes. Eu tenho que criticar e elogiar ele, independente da minha base eleitoral. O eleitor, será que ele quer que eu defenda o Sílvio Mendes ou que eu defenda o município? Ela está defendendo a base eleitoral. Eu estou defendendo o município”, concluiu o vereador.