Presidente da Caixa anuncia saque imediato do FGTS em 20 de dezembro

Com a decisão, 10 milhões de pessoas serão beneficiadas e R$ 2,6 bilhões serão liberados com saque para serem injetados na economia

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou nessa quinta-feira (12) que o saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será em 20 de dezembro. A medida deve injetar R$ 2,6 bilhões na economia.

O anúncio da data foi feita em live no Facebook do presidente Jair Bolsonaro. Também estava presente o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano.

Foto: ReutersPresidente da Caixa, Pedro Guimarães
Presidente da Caixa, Pedro Guimarães

Poderão fazer o saque aqueles que tinham na conta do fundo o valor de até 1 salário mínimo (R$ 998), até 24 de julho deste ano, data em que a Medida Provisória 889, com as novas regras de saque do benefício.

A Medida Provisória, que aumentou o limite de saque imediato do FGTS de R$ 500 para R$ 998 foi sancionada na manhã de ontem (12).

Segundo Pedro, 10 milhões de brasileiros poderão fazer o saque. “Esse é um ponto importante presidente [Jair Bolsonara], a Caixa esta totalmente preparada, como o senhor falou antes, a Caixa é o banco das políticas sociais, e é isso que a gente consegue, esse pagamento, é com muita tranquilidade”, explicou.

Veto à distribuição de 100% do lucro do FGTS

Ainda ontem, o presidente Jair Bolsonaro vetou a distribuição de 100% do lucro do FGTS aos trabalhadores. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Com a decisão do presidente, volta a valer a regra anterior, que estabelece a divisão de 50% do lucro obtido pelo fundo.

A distribuição integral do lucro foi anunciada pelo governo em 24 de julho, quando Bolsonaro editou a medida provisória que permitiu saques de contas ativas e inativas do FGTS.

Segundo justificativa publicada no DOU, a divisão de 100% do lucro do FGTS favoreceria “as camadas sociais de maior poder aquisitivo, que são as que possuem maior volume de depósitos e saldos na conta do FGTS”.

“Os dispositivos propostos estabelecem fixação de percentual do resultado do FGTS como condição para que as aplicações em habitação popular possam contemplar sistemática de desconto, direcionada em função da renda familiar do beneficiário. Ocorre que tal proposta contraria o interesse público, pois reduz drasticamente os descontos concedidos para famílias de baixa renda no Programa Minha Casa Minha Vida, reduzindo o acesso ao Programa pela camada mais necessitada da sociedade, bem como aumenta o lucro do FGTS de forma a favorecer as camadas sociais de maior poder aquisitivo, que são as que possuem maior volume de depósitos e saldos na conta do FGTS”, diz Bolsonaro.

Fonte: Poder360

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