Presidente chileno comete fala machista ao anunciar lei para combater feminicídio
Rodeado de mulheres, inclusive por sua esposa, Cecilia Morel, e a ministra da mulher, Isabel Plá, a frase causou constrangimento e o vídeo logo viralizou nas redes sociaisO presidente chileno, Sebastián Piñera, cometeu uma fala machista nesta segunda-feira (2) durante evento no qual anunciou a criação de uma lei para tentar combater a violência contra mulheres no país.

Ao anunciar a chamada lei Gabriela, que considera feminicídio o assassinato de uma mulher motivado por questão de gênero, Piñera afirmou: "Às vezes, não é só a vontade dos homens de abusar, mas também a posição das mulheres de serem abusadas".
O presidente acrescentou: "Temos que corrigir aquele que abusa e também temos que dizer para a pessoa abusada que ela não pode permitir que isso ocorra. E que a sociedade toda vai ajudar e apoiar a denúncia, para evitar que esses casos continuem ocorrendo".
Ao longo do dia, após a repercussão de sua fala, Piñera tentou se retratar e esclarecer o significado de sua declaração. "A posição do governo é de tolerância zero contra qualquer violência ou abuso contra as mulheres. Minha frase foi dita para chamar a atenção para a necessidade de denunciar."
Essa não é a primeira vez que Piñera dá declarações machistas. Em 2017, durante a campanha eleitoral na qual se elegeu presidente, ele propôs um "jogo" aos presentes: "Vou sugerir uma brincadeira muito divertida. Todas as mulheres se jogam no chão e se fingem de mortas, e todos os homens se jogam sobre elas e se fingem de vivos". Depois, pediu desculpas, não sem antes ser advertido pela então presidente, Michelle Bachelet.
Depois do primeiro turno dessa eleição, em uma entrevista coletiva a jornalistas em Santiago em que a Folha de S.Paulo estava presente, Piñera declarou em determinado momento que a entrevista estava terminada. Após os jornalistas pedirem mais uma pergunta, ele afirmou que só responderia "se for para uma mulher", e sorriu. Ninguém fez mais nenhuma pergunta.
O Chile, como outros países da América Latina, terá uma marcha feminista no domingo (8), no Dia Internacional da Mulher e uma das bandeiras é exatamente o combate à violência de gênero. Apenas em 2019, foram cometidos mais de 60 feminicídios no país.
Fonte: Folhapress
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