Polícia deflagra operação contra servidores da Prefeitura de Teresina, incluindo irmã de vereador

Os principais alvos da operação são organizações privadas que receberam recursos públicos do município teresinense e segunda a Polícia Civil integrariam associação criminosa

A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã desta terça-feira (22/12) a "Operação Tertium", com o objetivo de cumprir doze mandados de busca e apreensão, em Teresina (PI).

Foto: Divulgação/PC PIOperação Tertium
Operação Tertium

Os principais alvos da operação são organizações privadas que receberam recursos públicos do município de Teresina. Na investigação, a Polícia Civil verificou que apenas uma dessas organizações recebeu da Prefeitura de Teresina mais de R$ 1 milhão de somente entre os anos de 2018 a 2020, sem dispor de qualquer capacidade técnica ou operacional.

Segundo a Polícia Civil, existem indícios de que alguns projetos não eram executados e de que servidores de órgãos do município facilitaram a liberação desses valores e ainda se beneficiaram com parte dos repasses.

As servidoras da Prefeitura de Teresina alvos da "Operação Tertium"  foram identificadas como: advogada Reginalda de Araújo Costa e a contadora Teresinha Alves dos Santos, ambas servidoras da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, além de Edilene Bezerra, irmã do vereador Neto do Angelim.

As servidoras, com ajuda de forças políticas dentro das secretarias, conseguiam liberar recursos para essas entidades que recebiam e que algumas vezes simulavam a prestação de serviços e outras vezes executavam. De acordo com a polícia, a irmã do vereador Neto do Angelim era responsável por ajudar na parte técnica.

Também são alvos dos mandados de busca as residências de servidores públicos e empresários, algumas organizações da sociedade civil (OSCs) e outros particulares que integram a associação criminosa revelada. 

A investigação contou com o apoio da Diretoria de Inteligência (DINT). Policiais da Deccor, Depre, Gerência de Polícia Especializada, Greco, Delegacia de Homicídios e auditores do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) também participam da operação. 

O nome da operação tem relação com o denominado “terceiro setor”, o qual é formado por organizações privadas que executam atividades a partir de parcerias e ajustes firmados com o poder público.

Fonte: JTNEWS

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