Paulo Guedes reforça que é preciso manter sinais vitais da economia
Guedes admitiu que o Banco Central pode emitir moeda como medida de enfrentamento da crise causada pela pandemiaO ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (30) que é preciso manter os sinais vitais da economia, com continuidade da produção, durante a pandemia de COVID-19.
Guedes participou de audiência pública virtual da Comissão Mista do Congresso de Acompanhamento das Medidas Relacionadas à COVID-19.
Questionado se o auxílio emergencial pode ser estendido, caso o período de isolamento social seja maior que o previsto, Guedes disse que não adiantaria dar ajuda por mais tempo se a produção não for mantida.
“Temos que pensar o outro lado também. Se a produção for interrompida, quanto mais dinheiro você der, você pode cair na situação da Venezuela - todo mundo com dinheiro na mão mas as prateleiras vazias. Então é importante que a produção também exista. Por isso temos que manter os sinais vitais da economia, como tem sido. A supersafra está vindo, está chegando na cidade, então você pode dar o auxílio emergencial que ele vira compra de comida”, respondeu.
Na audiência pública, Guedes admitiu que o Banco Central pode emitir moeda como medida de enfrentamento da crise causada pela pandemia.
“Se cair em uma situação em que a inflação vai praticamente a zero, os juros colapsam, e existe o que a gente chama da armadilha da liquidez, tecnicamente o Banco Central pode, sim, emitir moeda e pode sim, recomprar dívida interna. Se a taxa de juros for muito baixa, ninguém quer comprar título longo e aí pode monetizar a dívida sem que haja impacto inflacionário. Estamos atentos a todas as possibilidades”, disse.
Guedes defendeu que passada a crise gerada pela pandemia, é preciso voltar à agenda de reformas estruturantes. “Já temos um programa. Ao acelerar as reformas, a retomada do crescimento vai ser instantânea”, disse.
Questionado sobre a capacidade de o Brasil atrair capital estrangeiro para investir no país, Guedes disse que a questão não é se a “reconstrução” será por recursos externos ou nacionais, apesar da preferência por investimentos do país. “A questão não é tanto se é capital internacional ou nacional. Nós queremos o capital nacional”, disse.
O ministro explicou que o problema é que a capacidade do governo de investir é menor. Por isso, a necessidade de investimentos privados.
“O investimento público caiu para 1% do PIB (Produto Interno Bruto). E o investimento brasileiro hoje é 15% do PIB. Então, Se eu dobrar os investimentos públicos, não vou conseguir fazer o Brasil crescer. A verdade é que o governo quebrou em todos os níveis – federal, municipal e estadual. Quando a gente fala que vai ter que se reerguer pelo capital privado, é porque o governo quebrou. Depois de 10, 15 anos de expansão descontrolada de gasto público”, afirmou.
Na audiência pública, Guedes disse ainda que questões relacionadas à reforma tributária, como imposto sobre grandes fortunas, devem ser tratadas após a crise da pandemia.
“CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), imposto sobre grandes fortunas tudo isso é reforma tributária, é estruturante. Ninguém pode mexer nisso durante a confusão. Não é a hora”, afirmou.
Fonte: Agência Brasil
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