País continua dividido sobre renúncia e impeachment de Bolsonaro

Levantamento realizado pelo instituto Datafolha com 2.069 pessoas de todos os estados brasileiros tem 46% dos entrevistados que defendem o impeachment e outros 48% que defendem o caminho renúncia

As possibilidades de impeachment e de renúncia do presidente Jair Bolsonaro continuam dividindo a população praticamente ao meio, de acordo com a mais recente pesquisa Datafolha.

Foto: Adriano MachadoPresidente Jair Bolsonaro em Brasília
Presidente Jair Bolsonaro 

Opiniões favoráveis ao presidente, porém, estão numericamente um pouco à frente em relação a essas duas hipóteses. Quanto ao afastamento via Congresso, os números tiveram pequena oscilação em relação aos levantados em pesquisa anterior do instituto, no fim de abril.

Disseram que o Congresso não deve abrir processo para afastar o presidente 50% dos entrevistados, dois pontos percentuais acima da taxa obtida na pesquisa de abril. Para 46%, o Legislativo deveria dar início ao processo, eram 45% há um mês.

Segundo o Datafolha, tanto no questionamento sobre impeachment quanto no relacionado à renúncia, recortes mostram que a rejeição a Bolsonaro cresce entre mulheres, entrevistados com ensino superior e jovens de 16 a 24 anos.

Esses segmentos da população também tendem a desaprovar mais a gestão de Bolsonaro na Presidência. Entre a população em geral, 43% consideram seu governo ruim ou péssimo, 33% acham ótimo ou bom e outros 22% o classificam como regular.

Entre entrevistados que defendem o "lockdown" (fechamento total das cidades para evitar a propagação do novo coronavírus), o apoio à renúncia vai a 61%. No recorte regional, a taxa favorável à abertura do impeachment sobe para 54% no Nordeste e cai para 38% no Sul.

Entre os grupos que mais se opõem à saída de Bolsonaro do cargo estão entrevistados do sexo masculino e aposentados, no qual o apoio ao processo de impeachment é de 36%.

Os contrários ao "lockdown" somam rejeição de 75% à abertura do processo no Congresso. Entre eleitores que declaram ter votado em Bolsonaro no 2º turno em 2018, só 21% apoiam o processo de afastamento e 22% a renúncia

Fonte: Folha de S. Paulo

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