Ministério do Meio Ambiente deve enviar auxílio para combater incêndios no MT

O Ministério deve enviar 100 brigadistas e 2 aviões agrícolas, ajuda foi um pedido de deputados federais do Estado ao ministro Ricardo Salles

O Ministério do Meio Ambiente deve enviar 100 brigadistas e 2 aviões agrícolas para auxiliar no combate aos incêndios florestais no Mato Grosso. A ajuda foi um pedido de deputados federais do Estado ao ministro Ricardo Salles.

Foto: Reprodução/AdepanHomem combate incêndio na região de Poconé (MT)
Homem combate incêndio na região de Poconé (MT)

O bioma do Pantanal sofre com incêndios em diversos locais. A fumaça da região de Poconé, e do Mato Grosso do Sul, chegou à capital Cuiabá (MT) na última semana. A distância entre os dois municípios é de cerca de 100 quilômetros.

Só na região de Poconé havia 1.574 potenciais focos de incêndio nos últimos dias. Na quarta-feira (28), o Corpo de Bombeiros do Mato Grosso informou que 14 militares divididos em 4 equipes trabalhavam na região.

Eles combatem o incêndio principal, que avança de uma fazenda em direção à rodovia Transpantaneira.

O início da operação do Ministério do Meio Ambiente é planejado para segunda-feira ou terça-feira (3 ou 4 de agosto). O custo deve girar em torno de R$ 3 milhões.

Existe uma operação do tipo em andamento no Mato Grosso do Sul, solicitada pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). O Estado decretou em 24 de julho emergência ambiental.

O governo federal proibiu as queimadas em 16 de julho. As maiores restrições são para Amazônia e Pantanal. O bioma pantaneiro é conhecido como úmido, mas na estação sem chuvas tem capim seco e madeira abundantes para alimentar incêndios.

Brasil pressionado

O Planalto está sob pressão por causa dos resultados ambientais. Há descontentamento no meio econômico. O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, tomou protagonismo na área. Ele comanda o Conselho da Amazônia.

Quem também se movimenta para protagonizar a pauta ambiental é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele está preocupado com a possibilidade de investidores deixarem de colocar dinheiro no país por questões ambientais.

Maia escalou um grupo de deputados para compilar projetos que possam ser votados sobre o tema. A expectativa é que as primeiras propostas sejam analisadas pelo plenário da Casa já em agosto. O assunto deve permear os trabalhos da Câmara nos próximos meses.

Os deputados identificaram, por enquanto, três eixos que podem ser discutidos com pouca resistência. Esses eixos devem andar em projetos de lei existentes, e que provavelmente terão outras propostas juntadas a eles:

• PL 3.961 de 2020 – declara emergência climática e estabelece uma meta de neutralização de gases do efeito estufa;

• PL 7.578 de 2017 – institui o "Patrimônio Verde", deve servir de base para discussões sobre a instauração de um mercado de carbono no Brasil e outros aspectos de economia sustentável;

• PL 3.337 de 2019 – endurece punições a quem cometer crimes contra a flora.

Fonte: Poder360

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