Lula e Alckmin dão aceno para aliança em 2022 com primeiro encontro público

O esperado encontro entre os dois ocorreu durante um jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativa, em São Paulo

Nesse domingo (19/12), o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin fizeram sua primeira aparição conjunta em público em meio a articulações para que o ex-tucano seja vice do petista na disputa para a Presidência nas eleições de 2022.

Foto: Zanone Fraissat/FolhapressEx-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
Ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin

O esperado encontro entre os dois ocorreu durante um jantar promovido pelo grupo de advogados Prerrogativa, que contou com cerca de 500 convidados no restaurante A Figueira Rubaiyat, em São Paulo.

Na entrada do jantar, petistas defendiam a manutenção da candidatura de Haddad, enquanto aliados de França pregam que ele concorra ao Senado e deixe o caminho para o Bandeirantes livre para o pessebista.

O argumento no PT é o de que o partido é maior em São Paulo do que o PSB e, portanto, teria mais estrutura para a campanha e para angariar votos.

O entendimento geral, contudo, é o de que não há espaço para que Haddad e França se enfrentem nas urnas e, por isso, alguém vai ter que abrir mão da candidatura ao Governo de São Paulo.

Dentro do restaurante, a área reservada a Lula, Alckmin e outros políticos foi separada dos demais convidados do mundo jurídico. O local era cercado por um biombo. Lula e Alckmin se sentaram na mesma mesa no jantar.

O clima era descontraído e a conversa, segundo políticos presentes, girou em torno de assuntos gerais. Os detalhes do acerto entre Lula e Alckmin não seriam discutidos diante do público, dizem aliados de ambos.

Além de Lula , também compareceram os governadores Paulo Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI) e Rui Costa (PT-BA); e o prefeito do Recife, João Campos (PSB);

O jantar contou ainda com a secretária de Relações Internacionais da cidade de São Paulo, Marta Suplicy; com o ex-prefeito de SP Fernando Haddad; com os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM) e o com ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ).

O ex-senador Arthur Virgílio foi o único tucano visto entre os políticos. Estavam presentes ainda o ministro do TCU Bruno Dantas, a chef Bela Gil e a filósofa Djamila Ribeiro.

Até agora, a articulação para que o paulista seja vice de Lula vinha ocorrendo nos bastidores. Para entusiastas da ideia, a participação de ambos no evento marca essa aproximação.

O jantar ocorre após a saída de Alckmin do PSDB, anunciada nesta semana. A migração do ex-governador também foi vista como um avanço na direção da formação da chapa, articulada sobretudo pelo ex-governador Márcio França (PSB) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Um dia após a desfiliação, Alckmin publicou no Twitter que "o diálogo é o primeiro passo para enfrentarmos os desafios, avançar e garantir a retomada do crescimento".

Caso decida seguir caminho da aliança com Lula, Alckmin deve se filiar ao PSB. O ex-governador também foi convidado a se filiar no PSD para concorrer ao Governo de São Paulo.

Fonte: JTNEWS com informações da Folha de S.Paulo

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