Justiça do ES determina que médica apague postagens disseminando Fake News sobre cloroquina
A médica Priscila Coelho Rabelo Machado acusava a Prefeitura de Baixo Guandu de estar colocando a população em risco por não comprar cloroquina e hidroxicloroquinaA Justiça do Espírito Santo determinou que a médica Priscila Coelho Rabelo Machado apague postagens nas redes sociais em que acusava a Prefeitura de Baixo Guandu, na região noroeste do estado, de estar colocando a população em risco por não comprar cloroquina e hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com Coronavírus. Cabe recurso à decisão.

Em vídeos publicados na internet, com milhares de compartilhamentos, a médica diz que o prefeito Neto Barros (PC do B) tem deixado de comprar cloroquina e hidroxicloroquina para o Hospital Estadual João dos Santos Neves (no qual Priscila trabalha) devido a suas divergências ideológicas com o governo Jair Bolsonaro (sem partido). Ela diz que a cloroquina é "a pílula da vida".
Estudos científicos diversos têm mostrado que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina não tem eficácia no tratamento do Coronavírus e, mais que isso, pode estar relacionado a um aumento no risco de morte por problemas cardíacos, como arritmia.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) retirou a cloroquina da lista de drogas que seriam testadas para tratamento da Covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus) no programa internacional Solidarity.
O vídeo da médica converteu-se em pressão sobre a prefeitura, que então passou a explicar que as informações eram falsas.
Na ação, a prefeitura afirma que ela causou "alarme e alvoroço na população de Aimorés-MG [ela também diz atender nessa cidade] e Baixo Guandu-ES, em um vídeo que está sendo disseminado em grupos de whatsapp em velocidade incontrolável". Para conter o problema, acionou a Justiça.
Em sua decisão, o juiz Denis Carpaneda afirma que está claro que não é função da prefeitura fornecer medicamentos para uma unidade estadual de saúde e, por isso, Priscila estaria divulgando informações "inverídicas e alarmantes".
Ele, então, determina que ela exclua os vídeos das redes sociais em até 24 horas e não faça novas publicações com "informações inverídicas". O descumprimento de qualquer uma das determinações da Justiça acarretará à médica uma multa de R$ 10 mil.
Fonte: Folha de S. Paulo
Comentários
Últimas Notícias
-
Política Bolsonaro nega tentativa de fuga e pede revogação da prisão domiciliar
-
Saúde Secretaria de Saúde registra leve aumento de casos de Covid-19 em Massapê do Piauí
-
Política Ex-prefeita de Alegrete do Piauí é condenada pelo TCE por sobrepreço e manipulação em licitação
-
Segurança Pública Polícia divulga foto do suspeito de matar estudante dentro de escola em Teresina
-
Segurança Pública Ossada humana é encontrada próximo a Estrada da Alegria em Teresina
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Segurança Pública Homem é morto a facadas durante briga com irmão no Litoral do Piauí
-
Política MPPI aciona na Justiça, prefeito de Campo Maior por retenção indevida superior a R$ 2 milhões de empréstimo consignado
-
Justiça Site do STF destaca ADI que invalidou lei de MG que permitia contratação sem concurso para a Polícia Penal
-
Geral Prefeitura de Simões (PI) firma contrato de R$ 1,6 milhão para reforma de escola municipal com prazo de seis meses
-
Geral Família de Alice Brasil agradece equipe do Samu de Teresina após tragédia no Colégio CEV