Juíza pede afastamento do processo criminal contra vereadora Tatiana Medeiros

A juíza Gláucia Macêdo, da 98ª Zona Eleitoral de Teresina, decidiu se afastar da atuação no processo criminal da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), acusada dos crimes de organização criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato e falsidade ideológica. A magistrada alegou razões de foro íntimo para o afastamento.

Foto: Reprodução / Instagram

Tatiana Medeiros

Dessa forma, os autos foram redistribuídos, e agora são de competência da juíza Júnia Maria Bezerra Feitosa Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina. A magistrada será a responsável pela condução do processo.

Operação Escudo Eleitoral

A vereadora foi presa em 03 de abril de 2025 no âmbito da Operação Escudo Eleitoral II, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Tatiana Medeiros é acusada de participar de um esquema que tinha o objetivo de manipular as eleições municipais de 2024, pleito em que ela foi eleita.

Ela virou ré após a Justiça Eleitoral receber denúncia apresentada pelo Ministério Público. Além da vereadora, também viraram réus: Alandilson Cardoso Passos (namorado); Stênio Ferreira Santos (padrasto); Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe); Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã); Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado); Emanuelly Pinho de Melo (assessora da parlamentar); Bruna Raquel Lima Sousa (funcionária da ONG Instituto Vamos Juntos); Sávio de Carvalho França (funcionário da ONG Instituto Vamos Juntos).

Presa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí

Desde a prisão, Tatiana Medeiros foi encaminhada à sede do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, onde permanece sem previsão de soltura. Na cela da parlamentar, os policiais encontraram um tablet e um celular durante vistoria na Sala de Estado-Maior. Os aparelhos foram recolhidos e vão passar por perícia.

Após o episódio, a vereadora foi encaminhada às pressas ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) após passar mal. Os advogados de Tatiana Medeiros chegaram a protocolar um pedido de prisão domiciliar com caráter de urgência, tendo por base “o grave estado de saúde mental da vereadora, que estaria sofrendo de transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e ideação suicida recorrente”.