Jovem morto por leoa em zoológico de João Pessoa tinha transtornos mentais

Gerson de Melo Machado, de 19 anos, invadiu área restrita; prefeitura afirma que parque seguia normas de segurança do Ibama.

Gerson de Melo Machado, de 19 anos, que morreu nesse domingo (30) após ser atacado por uma leoa em zoológico de João Pessoa (PB), era conhecido como Vaqueirinho e tinha tinha transtornos mentais. 

Foto: ReproduçãoGerson de Melo Machado, de 19 anos
Gerson de Melo Machado, de 19 anos

Além disso, segundo o policial penal Ed Alves, o jovem acumulava 16 passagens pela polícia, sendo 10 delas registradas quando ainda era menor de idade. Gerson chegou a ser encaminhado ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), mas fugiu do local.

A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou o jovem por anos, divulgou uma nota relatando parte da trajetória dele.

“Foram oito anos acompanhando você, lutando e brigando para garantir seus direitos. Quando entrou na minha sala pela primeira vez, tinha apenas 10 anos. Eu e a conselheira Patrícia Falcão recebemos você das mãos da PRF, encontrado sozinho na BR. Desde então, toda a Rede de Proteção me procurava sempre que algo acontecia com você”, relembrou.

Em outro trecho, ela afirma ter conhecido “a criança que foi destruída do poder familiar da mãe, que é esquizofrênica”.

Entenda o caso

De acordo com as informações, o jovem escalou uma parede de mais de 6 metros, ultrapassou as grades de segurança, subiu em uma árvore e conseguiu entrar no recinto da leoa.

Em nota, a prefeitura de João Pessoa informou que equipes de segurança tentaram impedir a ação, mas o homem agiu rapidamente para acessar a área restrita. Após o ataque, o parque foi imediatamente fechado para os procedimentos de segurança e remoção do corpo.

A administração do parque reforçou que o recinto segue a instrução normativa do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que determina os padrões de construção para garantir a segurança dos visitantes, dos profissionais e dos animais. Segundo os responsáveis, as barreiras superam os requisitos mínimos, com acréscimo de mais de 2 metros e borda negativa de 1,5 metro.

A prefeitura destacou que, mesmo com todas as medidas de proteção e o cumprimento das normas técnicas, a invasão foi insistente, o que culminou no episódio trágico.

Fonte: JTNEWS com informações da CNN Brasil

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