Governo do Paraná pretende iniciar testes com vacina da Rússia em até 45 dias

O período de testes ainda precisa do aval da Anvisa para ser iniciado, a meta é vacinar 10 mil voluntários

O governo do Paraná divulgou nessa quinta-feira (27) que pretende iniciar os testes com a Sputnik 5 – vacina russa contra a COVID-19 – em até 45 dias. Tem como meta vacinar 10.000 voluntários.

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O período de testes ainda precisa do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser iniciado. Autoridades do governo estadual e do órgão reuniram-se nessa quinta (27), em Brasília, para discutir o processo.

No encontro, o governo buscou informações técnicas sobre a confecção do protocolo que valida a realização da terceira fase de testes do imunizante. Essa etapa será realizada no Brasil. As duas primeiras fases para testar a eficácia da vacina foram realizadas em território russo. Os resultados foram enviados a Curitiba.

O Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná) trabalhará em conjunto com o Instituto Gamaleya, da Rússia, para desenvolver o protocolo no prazo de um mês. Ele então será enviado à Anvisa e à Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), que decidirão se aprovam ou não o prosseguimento dos estudos clínicos. Se tudo correr dentro do cronograma, os testes são iniciados duas semanas depois.

Acordo com Moscou

O Governo do Paraná assinou em 12 de agosto um memorando de entendimento com a Rússia para realizar no Brasil testes com a vacina desenvolvida pelo país contra a COVID-19.

O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, disse que o documento é o “primeiríssimo passo” para a entrada da vacina no país. Callado explica ainda que o memorando “não gera obrigações” e se foca na “troca de tecnologia”.

Vacina russa

O país aprovou a vacina contra o novo Coronavírus um dia antes, em 11 de agosto. É a primeira substância no mundo a receber aval para ser produzida e aplicada em massa. A expectativa da Rússia é que a vacinação comece em outubro no país.

As pesquisas da vacina foram realizadas com só 38 voluntários remunerados. Eles foram testados e depois mantidos em isolamento por 28 dias para se proteger contra outras infecções. Agora, eles devem ser monitorados por mais 6 meses.

Fonte: Poder360

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