Facebook remove live em que presidente associa vacina da Covid-19 à aids
A transmissão foi ao ar, ao vivo, na última quinta-feira (21/10) e estava disponível para reprodução, como acontece com os conteúdos semelhantesO Facebook tirou do ar a live do presidente Jair Bolsonaro em que ele compartilha a informação sobre uma suposta relação entre as vacinas contra Covid-19 e a aids (síndrome da imunodeficiência adquirida).
A transmissão foi ao ar, ao vivo, na última quinta-feira (21/10) e estava disponível para reprodução, como acontece com os conteúdos semelhantes. A remoção do vídeo se estende à conta do presidente no Instagram, rede social que também pertence ao Facebook.
De acordo com o presidente, a informação se refere a pessoas totalmente vacinadas, ou seja, que tomaram a dose única ou segunda dose da vacina há mais de 15 dias.
"Só vou dar a notícia, não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito. Vamos lá: 'Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados […] estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto'. Recomendo, leiam a matéria, não vou ler aqui porque posso ter problema com a minha live, não quero que caia a live aqui, quero dar informações", afirmou Bolsonaro durante a transmissão do dia 21, sem citar a fonte da matéria.
Em nota divulgada no último sábado (23/10), o Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia esclareceu que “não se conhece nenhuma relação” entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de aids. “Repudiamos toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”, diz a nota.
O comitê recomenda ainda que pessoas que vivem com HIV (vírus da imunodeficiência humana)/aids devem ser completamente vacinadas contra Covid-19, inclusive com a liberação da dose de reforço (terceira dose) para todos que receberam a segunda dose há mais de 28 dias.
Pessoas imunossuprimidas estão recebendo o reforço contra Covid-19 nesse intervalo de tempo, conforme prevê o Ministério da Saúde, assim como os idosos e profissionais de saúde que tomaram a vacina há mais de seis meses.
Nesta segunda-feira (25/10), em entrevista a uma rádio, o presidente disse que leu sobre a pesquisa em reportagem da revista Exame publicada na semana passada. Bolsonaro também compartilhou nas redes sociais uma publicação de seu filho Carlos Bolsonaro em que o vereador critica a repercussão. “A que nível chega o $istema: o “meio de comunicação do bem” chamado @exame divulga a informação e o atacado é quem leu sua matéria! O alvo será a revista ou o leitor? Precisa responder? Tem método!”, diz a publicação.
A matéria em questão, entretanto, foi publicada pela Exame em outubro de 2020, quando as vacinas ainda estavam em desenvolvimento. A notícia foi atualizada nesta segunda-feira e destaca que os cientistas se basearam em análises feitas em 2007 com um adenovírus específico usado na pesquisa de vacinas contra o HIV (vírus da imunodeficiência humana).
Fonte: JTNEWS
Comentários
Últimas Notícias
-
Política
Brasil e Indonésia firmam acordos; Lula confirma candidatura em 2026
-
Geral
Operação Vice-Cônsul: advogados são transferidos para presídio em Altos
-
Segurança Pública
Jovem é morto a tiros na frente da filha de 3 anos na zona rural de Luís Correia
-
Justiça
Audiência de estudante acusado de matar casal atropelado em Teresina é suspensa
-
Geral
“Minha atuação foi técnica e independente”, afirma advogada Ívilla Araújo após declarações de Sílvio Mendes
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Segurança Pública
Dono de supermercado preso pelo DRACO com carga roubada em Cocal dos Alves (PI) é solto
-
Política
PF pediu a prisão do desembargador José James Gomes Pereira por suposta venda de sentenças
-
Política
TCE-PI multa prefeito e agente de contratações de Patos do Piauí por irregularidades em licitações milionárias
-
Política
Gasto milionário em evento cultural gera críticas sobre prioridades do governo
-
Política
Pré-candidato Toni Rodrigues não poupa críticas ao governador: "Nada foi feito para transformar o Piauí, é deplorável"