Entidades policiais brasileiras repudiaram por meio de notas, atos "terroristas" de extremistas bolsonaristas

"É inadmissível que, sob o pretexto de 'lutar pela Pátria' bandidos travestidos de manifestantes atentem contra o Estado Democrático de Direito, agindo de forma criminosa"

A Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL), foi a primeira das entidades a se manifestar contra a barbárie de extremistas bolsonaristas na depredação e destruição do patrimônio público e histórico das sedes dos três poderes da República em Brasília, durante a tarde/noite de domingo (8/1) na Praça dos Três Poderes na capital federal.

Foto: Divulgação/JTNEWSDiversas etnidades policiais brasileiras [no âmbito civil] repudiaram os atos golpistas de extremistas bolsonaristas em Brasília
Diversas entidades policiais brasileiras [no âmbito civil] repudiaram os atos golpistas de extremistas bolsonaristas em Brasília durante o último domingo (8/1)

Diversas outras entidades a exemplo da AMPOL, do SINDPOL-DF, FENAPRF, FENAPEF, COBRAPOL, SINPOL-DF, SINDEPO-DF, ADEPOL-DF. 

Em trecho da Nota em Defesa da Democracia e da Paz Social, a Associação do Policiais Penais do Brasil assim manifestou-se:

"É inadmissível que, sob o pretexto de “lutar pela Pátria” bandidos travestidos de manifestantes atentem contra o Estado Democrático de Direito, agindo de forma criminosa, destruindo o patrimônio público em pleno atentado contra a democracia, tendo como principais alvos o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, respectivamente sedes dos Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Causa estarrecimento a visível inércia, a negligência do Governo do Distrito Federal, notadamente sob o olhar possivelmente criminoso do governador IBANEIS ROCHA e do seu [até há pouco], secretário de Segurança Pública, ANDERSON TORRES, outrora ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, que já vinham assistindo a atos de vandalismos contra instituições públicas policiais nesta capital desde os atos legais e legítimos de diplomação do presidente e vice-presidente da República, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem que houvesse tomadas enérgicas de posições visando a prevenir os absurdos inaceitáveis ocorridos na tarde deste domingo (08/01/2023), onde a barbárie tomou o lugar da razão e da razoabilidade; mesmo o governo do DF sendo alertado antecipadamente de atos anormais em pleno final de semana, não agiu de forma eficaz para impedir tais crimes."

Foto: GABRIELA BILÓ/FOLHAPRESSVista da rampa do Planalto de dentro do palácio, com vidraça quebrada, durante atos terroristas de extremistas Bolsonaristas
Vista da rampa do Planalto de dentro do palácio, com vidraça quebrada, durante atos terroristas de extremistas Bolsonaristas

Para o Sindicato dos Policiais Penais do Distrito Federal (SINDPOL-DF), "[...] Tais ataques, muito longe de serem manifestações pacíficas, são atos antidemocráticos e violentos e, portanto, criminosos, que devem ser veementemente rechaçados e sobre os quais deve pesar o rigor da lei, sendo responsabilizados todos os que cometeram e compactuaram para tais condutas criminosas." Diz trecho da Nota do Sindpol-DF.

Em Nota Pública a Associação Nacional das Mulheres Policiais do Brasil (AMPOL) repudiou os atos antidemocráticos e de vandalismos em Brasília, diz parte da nota:

"A Ampol acredita em uma investigação célere e eficiente, para que os verdadeiros mandantes e incitadores desses atos de vandalismo sejam punidos. As vidas dos policiais não podem ser responsabilizadas pelas escolhas de parte da população."

Que todos os responsáveis diretos ou indiretamente por esses atos criminosos, sejam submetidos aos devido processo legal e punidos exemplarmente. E que a paz social volte a reinar na sociedade brasileira. A maioria do povo brasileiro não pode ser vítima e ficar refém de uma minoria de extremistas/intolerantes bolsonaristas criminosos.

Datafolha: 93% condenam ataques golpistas, e maioria defende prisões

Segundo pesquisa, só 3% se dizem favoráveis e 2%, indiferentes à ação que resultou em depredação no Planalto, STF e Congresso

Dos entrevistados, 2% se disseram indiferentes à depredação ocorrida no Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional. Não soube dar opinião 1%. A totalização dos dados não chega a 100% porque há arredondamentos.

A ação dos baderneiros foi um dos mais graves incidentes, se não o maior, desde a redemocratização do Brasil após o fim da ditadura militar em 1985. Milhares de apoiadores de Bolsonaro, muitos recém-chegados a Brasília de outros estados, se uniram a acampados em frente ao Quartel-General do Exército para marchar rumo à praça dos Três Poderes e depredar.

Confira AQUI íntegra da Nota da AGEPPEN-BRASIL.

Fonte: JTNEWS

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