Eduardo Bolsonaro manda 'banana' à deputadas da oposição que repudiaram fala do pai
Após a leitura da deputada, Fernanda Melchionna (RS), Eduardo Bolsonaro mandou uma ‘banana’ às mulheres que repudiaram a fala de seu pai.O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) reagiu, nesta terça-feira (18), a deputadas da oposição que se manifestaram contra insulto do presidente Jair Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo. As congressistas fizeram uma nota de repúdio, que foi lida pela líder do Psol, Fernanda Melchionna (RS), no plenário da Câmara.
Mais cedo, Bolsonaro, usando frase de conotação sexual, disse que a jornalista “queria dar o furo a qualquer preço contra” ele. Entre repórteres, o jargão “dar um furo” significa publicar uma informação antes dos concorrentes. Ao usar a expressão, o presidente enfatizou o duplo sentido da palavra quando se referiu à jornalista. “Ela queria um furo”.
“Nós falamos em nome das mulheres brasileiras desrespeitadas por um presidente machista que ataca a liberdade de imprensa e desrespeita o conjunto das mulheres”, disse Fernanda Melchionna. “Essa fala é desrespeitosa, não condiz com a fala de um presidente e não condiz com a altura e tamanho do Brasil. Infelizmente, o Brasil deu uma fraquejada e tem um presidente machista no Palácio do Planalto”.
Após a leitura da deputada, que estava acompanhada pelas outras congressistas, Eduardo Bolsonaro subiu à tribuna e mandou uma ‘banana’ às mulheres que repudiaram a fala de seu pai. Ele repetiu gesto feito pelo próprio presidente no último fim de semana. Na ocasião, o alvo da ‘banana‘ foram jornalistas.
“Esse tipo de discurso também revolta. A deputada diz que fala em nome das mulheres. Calma aí. Será que não tem mulher aqui comigo não? Uma banana, em nome das mulheres. Uma banana! Quero saber onde elas estavam quando o Lula falou em mulheres de grelo duro. Onde vocês estavam? Estavam perdendo dinheiro enquanto isso. Estavam roubando dinheiro”, disse Eduardo Bolsonaro, acompanhado de deputadas do PSL e outras pessoas.
A fala do filho do presidente fez referência a uma conversa grampeada entre o ex-presidente Lula e o ex-ministro Paulo Vannucchi, em 2016. Na ocasião, Lula disse a Vannucchi que estava chamando as petistas Fátima Bezerra e Maria do Rosário para acompanhar de perto Douglas Kirchner, um dos procuradores que o investigavam. No diálogo, ele se referiu às feministas do partido de forma grosseira. “Cadê as mulheres do grelo duro do nosso partido?”, questionou.
Em determinado momento, enquanto Eduardo falava, um tumulto começou no plenário com vaias de um lado e gritos de apoio a ele, de outro. A oposição gritava: “Fascista, fascista.”
O filho do presidente rebateu: “Pode gritar à vontade. Só raspa o sovaco, hein? Se não, dá um mau cheiro do caramba, hein?”.
Depois, continuou: “Nós somos os revoltados que até ontem não tínhamos espaço aqui. Até ontem era um Marco Feliciano, um Jair Bolsonaro. Agora, vocês vão ter de nos engolir. Nós quebramos a hegemonia de vocês. Aqui ninguém se dobra ao politicamente correto, não”.
Fonte: Poder360
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