DRACO prende empresário durante operação contra o PCC em Altos

O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em conjunto com a Delegacia Seccional de Altos, deflagrou, na manhã desta terça-feira (21), uma operação no município de Altos, região metropolitana de Teresina, para cumprir 32 mandados judiciais contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Até o momento, dez pessoas foram presas, incluíndo o empresário Edson Flor, dono de uma bomboniere da cidade.

Foto: Divulgação / SSP-PI

Operação contra o PCC em Altos

Entre as ordens judiciais estão mandados de prisão e de busca e apreensão, direcionados a integrantes de uma célula da facção responsável por homicídios, roubos e tráfico de entorpecentes na região. A ação contou com o apoio da Polícia Militar, FEISP e da aeronave da PM, em uma atuação integrada de todo o sistema de segurança pública estadual.

Segundo o delegado Charles Pessoa, a operação é resultado do monitoramento de lideranças do PCC que vinham utilizando ações sociais como fachada para atividades criminosas. “Nós percebemos que eles estavam atuando da seguinte forma: promovendo ações sociais na cidade, por exemplo agora no Dia das Crianças, realizando atividades em locais como bocas de fumo e áreas periféricas, tentando convencer a comunidade e cooptar jovens para atuar em prol da facção”, explicou o delegado.

Durante a operação, foi preso novamente um indivíduo conhecido como “Monarca”, apontado como uma das principais lideranças do grupo. Ele havia sido detido há dois meses, mas foi solto com uso de tornozeleira eletrônica.

“Mesmo com monitoração eletrônica, ele continuava praticando crimes. Hoje, tentou fugir e reagiu à prisão, mas, graças ao apoio aéreo, conseguimos efetuar a prisão dele e de outros criminosos”, relatou o delegado Charles. Além de Monarca, outros três investigados que utilizavam tornozeleira eletrônica também foram capturados.

Empresário preso

O delegado Laércio Evangelista, coordenador do DRACO, destacou que entre os presos está um empresário identificado como Edson Flor, dono de uma bomboniere e acusado de envolvimento direto com os faccionados. De acordo com ele, Edson é acusado de contratar criminosos para torturar um exfuncionário.

"Esse empresário teria contratado dois indivíduos ligados à facção para torturar um ex-funcionário. Foi um crime brutal, com agressões e até obrigando a vítima a realizar transferências via PIX. Estamos investigando, inclusive, o envolvimento dele nas ações sociais promovidas pela facção", informou.