Desembargador solta advogado acusado de lavar dinheiro para o tráfico no Piauí
Decisão foi dada nesta sexta-feira (06) pelo desembargador Pedro de Alcântara da Silva Macedo.O desembargador Pedro de Alcântara da Silva Macedo, do Tribunal de Justiça do Piauí, determinou, nesta sexta-feira (6), a soltura do advogado David Pereira de Sá, preso durante Operação Fragmentado, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que investiga um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro liderado por Vagner da Silva Carvalho. A defesa do advogado impetrou pedido de habeas corpus e o magistrado considerou que David apresenta condições favoráveis para a soltura. Ele é acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A defesa alegou que o advogado estava em situação semelhante à de Vitória Oliveira Marinho, que obteve liberdade provisória com medidas cautelares, e pediram a extensão do benefício. O relator da decisão, deferiu liminarmente o pedido, considerando que as condições pessoais do paciente (primariedade, bons antecedentes e residência fixa) são favoráveis e que a prisão preventiva deve ser excepcional. Foi determinada a soltura do paciente com imposição de medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, recolhimento domiciliar noturno e comparecimento mensal ao juízo.
Entenda o caso
A Operação Fragmentado, que resultou na prisão de David, foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e revelou a continuidade das atividades criminosas de Vagner mesmo após sua prisão em março deste ano. Segundo as investigações, David Pereira intermediava a comunicação entre Vagner e sua namorada, Vitória Oliveira Marinho, responsável pela gestão externa da organização. O advogado teria, inclusive, transportado dinheiro oriundo do tráfico para Vitória, consolidando sua participação no esquema.
De acordo com o Ministério Público, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 1 milhão em 2023, utilizando diversas estratégias para ocultar a origem ilícita dos valores. Vitória Oliveira teria contado com o apoio de amigos para disfarçar a movimentação do dinheiro, enquanto Ronaldo Barbosa Silva Filho, outro integrante da organização, ficou encarregado de armazenar grandes quantidades de entorpecentes após a prisão de Vagner. A operação também revelou que advogados facilitavam a entrada de Vitória no sistema prisional, usando identidade falsa para disfarçá-la como advogada.
Além das acusações relacionadas ao tráfico de drogas, David Pereira também foi denunciado por posse ilegal de munições e acessórios bélicos encontrados em sua residência durante a segunda fase da operação. Os itens, que incluíam munições de calibres restritos e carregadores de armas, foram apreendidos pela Polícia Civil e pelo BOPE em cumprimento de mandados de busca. Apesar de alegar que o material pertencia ao irmão, David não apresentou provas que sustentassem sua versão.
Fonte: JTNEWS com informações do GP1
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