Deputado Merlong Solano fala sobre ‘verdadeiro desmonte’ na educação feita pelo governo Bolsonaro; veja o vídeo

O deputado federal Merlong Solano (PT) usou suas redes sociais para falar sobre os cortes feitos nos Institutos de pesquisas e a desconfiança com que as Universidades são vistas pelo governo Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Instagram

Merlog Solano

“No mundo inteiro, Universidade é sinal de ciência, de progresso, de desenvolvimento. No Brasil, infelizmente, com o governo Bolsonaro, a Universidade é vista com desconfiança, eles não acreditam nesse ambiente de liberdade e diversidade que deve marcar a vida na comunidade universitária, que é o que incentiva a produção, o que incentiva a criatividade”, pontuou.

Neste mês, a administração da Universidade Federal do Piauí (UFPI) anunciou que sofreu um corte de R$ 7,7 milhões no orçamento e o Instituto Federal do Piauí (IFPI)  informou que também sofreu corte. O valor do Instituto chegou a R$ 5 milhões. Em maio, com o bloqueio de R$ 10 milhões, a instituição havia informado que haveria redução nos serviços prestados aos estudantes e à sociedade.

“O governo federal vem promovendo verdadeiro desmonte na educação superior, demonstrando sua ignorância e desprezo pelas instituições públicas de ensino. Este não é o Brasil que queremos!”, destacou o deputado.

Corte de verbas da ciência prejudica reação à pandemia e desenvolvimento do país

Uma das consequências da falta de verbas é a fuga de cérebros. Para se dedicar à sua pesquisa, um bolsista de mestrado recebe R$ 1,5 mil mensais. Um bolsista de doutorado, R$ 2,2 mil. Os valores não são reajustados desde 2013. Por causa disso, muitos pesquisadores preferem se mudar para instituições estrangeiras. Outros acham financeiramente mais vantajoso simplesmente abandonar o mundo acadêmico.

É certo que a arrecadação do poder público tem diminuído nos últimos anos e que a pandemia também provoca impacto negativo na economia e nas receitas do governo. Mesmo assim, cientistas e parlamentares dizem que, havendo vontade política, é possível, sim, poupar o setor científico de grandes perdas orçamentárias.