DENARC prende empresário durante operação no Terras Alphaville em Teresina

O Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC) deflagrou nesta terça-feira (09) a segunda fase da opração Capital Ocultopara dar cumprimento a 21 mandados de prisão contra membros do Bonde dos 40 que resultou na prisão do empresário Deivison José dos Santos Lima, vulgo Deivison Extourado, no condomínio Terras Alphaville, na zona leste de Teresina.

Além dele, foram alvos Alandilson Cardoso Passos, namorado da vereadora Tatiana Medeiros e Leo Gordin, ambos já presos no sistema penitenciário de Minas Gerais e Ceará, respectivamente.

Até o momento 10 pessoas foram presas. Ao todo a operação mobilizou mais de 100 policiais civis e militares para cumprimento de 42 mandados judiciais.

O delegado Samuel Silveira, coordenador do DENARC, classificou como “extremamente diferenciada” a operação. "Essa é uma operação extremamente diferenciada, primeiro por ser uma investigação complexa com mais de mil páginas de investigação, em que envolve monitoramento do traficante na boca de fumo, sigilo bancário quebrado e surgimento de indícios de provas que vinculam o topo da pirâmide da organização”, afirmou.

Foto: Reprodução / DENARC

DENARC prende empresário durante operação no Terras Alphaville em Teresina

De acordo com Silveira, a estratégia montada pelas forças de segurança tem como horizonte enfraquecer o poder financeiro e de fogo das facções. A investigação mostrou que a atuação da organização se estendia das comunidades até o setor empresarial, alcançando revendedores de carros utilizados para lavar dinheiro do tráfico.

“O Capital Ocultou chega na base, nas comunidades, nas ruas, onde é vendida a droga. Ele chega no campo empresarial, com revendedores de carro que lavaram dinheiro da droga; nos organizadores da organização criminosa, como figuras extremamente conhecidas no mundo do crime, como Alandilson e até mesmo Brizola, que comandou por décadas o tráfico e o Bonde dos 40 na região da Santa Maria da Codipi; e, por fim, atingindo o topo com o mentor da organização. Aí eu estou falando do Leo Gordin, que, no sentido negativo, é a expressão máxima dessa organização”, declarou.

Ações preventivas

Segundo Samuel Silveira,durante a segunda fase da Operação Capital Oculto, as prisões cumpridas tiveram caráter preventivo, reforçando a consistência das provas levantadas ao longo da investigação. Ainda segundo ele, a atuação do Ministério Público e do Poder Judiciário foi fundamental para o avanço da ofensiva contra a facção, garantindo que cada medida fosse baseada em elementos sólidos.

“Dessa vez, mandados todos de prisão preventiva. Isso demonstra robustez de prova trazida aos autos, sobretudo nas operações anteriores, em que houve cumprimento de mandados de busca. É claro que todos os atos são controlados pelo Ministério Público por meio de parecer e só se efetivam por força de decisão judicial”, explicou o coordenador do DENARC.