Como a saúde coletiva e familiar pode refletir as vulnerabilidades da COVID-19? Por Matias Ferreira

É o que Matias José Ferreira Filho busca responder em seu artigo “A saúde coletiva e familar: O estudo cientifico da pandemia da Covid-19 e seus efeitos na saúde da população”

"Matias José Ferreira Filho, Assistente Social, pós-graduado em Gestão Pública pela Universidade Federal do Piauí e especialista em elaboração de projetos sociais
para ongs, instituições..... [ .. ], busca responder em seu artigo intitulado “A SAÚDE COLETIVA E FAMILIAR: O estudo cientifico da pandemia da Covid-19 e seus efeitos na saúde da população.”, como a saúde coletiva e familiar pode refletir as vulnerabilidades da Covid-19.

Foto: ReproduçãoMatias José Ferreira Filho
Matias José Ferreira Filho

Quando se fala em saúde coletiva é substancial uma articulação pública. Em São Paulo, desde 23 de julho, movimentos sociais estão articulados para a realização da 1ª Jornada Direitos da Rua que cobra do poder público condições de existência, dignidade e vacinação às pessoas em situação de rua em todo o país. A data de início do amplo movimento marca 28 anos do crime que ficou conhecido como Chacina da Candelária, em que oito crianças e adolescentes em situação de rua, de 10 a 19 anos, que dormiam em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, foram assassinados a tiros por policiais militares.A pandemia do coronavírus tem acarretado problemas para além do setor de saúde que acabaram por se estender nos setores econômicos da sociedade, coletivos, individuais e mesmo psicológicos.


Foto: FiocruzCoronavírus em ação
Coronavírus em ação

Certas parcelas da população foram e ainda são atingidas de maneira mais violenta pela pandemia em decorrência da situação geográfica, da etnia, das questões financeiras e sociais, essas condições acabam colocando populações em situações mais precárias de adoecimento e morte, como a população negra e indígena, sendo caracterizado o impacto de acordo com o lugar ocupado pelos grupos populacionais na estrutura social.

A jornada segue até o dia 19 de agosto, a data dramática da execução de sete pessoas em 2004, que dormiam na Praça da Sé, no centro de São Paulo. A iniciativa foi articulada pelo Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e integrada pelos diversos grupos que dão cara aos sem-teto, de adultos, às crianças e adolescentes, pessoas LGBTQIA+, e os profissionais do sexo e catadores de materiais recicláveis que fazem da rua um meio de sobrevivência econômica. “Unificamos todas essas vozes em memória de toda a violência e morte que ocorreu durante esses dois meses”, explica o coordenador do MNPR, Darcy Costa, em entrevista à Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. 

O movimento tem como mote “viver, vacinar e resistir” e contesta que historicamente o Estado mantenha a população de rua invisibilizada. Desde 2008, o Brasil não realiza um censo nacional sobre os sem-teto e até hoje o grupo segue fora da contagem do IBGE. Sem informações sobre essa população e seu tamanho, a formulação de políticas públicas fica inviabilizada. Recentemente, por articulação da sociedade civil e movimentos, parte dos municípios passaram a contabilizar as pessoas em situação de rua. Desde o início da pandemia de covid-19, foi registrado um aumento de pessoas nessas condições. 

“Por conta da queda econômica das pessoas que já viviam em vulnerabilidade, essas pessoas acabaram chegando na rua. Então hoje a gente chega a dizer que tem mais de 40 mil pessoas em situação de rua só na cidade de São Paulo. São famílias inteiras, mães e crianças. É muito fácil encontrar na Praça da Sé famílias inteiras em situação de rua porque perderam o poder de pagar seus alimentos. (…) E isso é no Brasil inteiro e não temos ainda uma política de escala que garanta moradia para essas pessoas”, contesta Costa. 

“A intervenção das agências sanitárias no modo de atuação dos médicos e enfermeiros foi o destaque no controle e combate a pandemia. (...) pois proporcionou aos pacientes, familiares e a sociedade uma maior credibilidade que serviu para aliviar as tensões, melhorar a qualidade de vida, a autoestima e contribui com a esperança em um tratamento eficaz, como tem sido as vacinas, esperança para a população mundial.”

Fonte: JTNEWS

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