Centenário de nascimento do economista Celso Furtado foi muito bem lembrado nesse domingo

O ex-senador e atual vereador de São Paulo (PT), Eduardo Suplicy, homenageou em suas redes sociais [em especial no Instagram por meio de uma live], o economista Celso Furtado, paraibano de Pombal que completaria 100 anos nesse domingo.

Na live, Suplicy dissecou sobre o legado deixado pelo economista que, segundo o senador, foi um expoente na sua formação, política e econômica.

Foto: Reprodução/Instagram

Em homenagem ao centenário de Celso Furtado, Eduardo Suplicy mostra livros do economista

Durante a exposição, Suplicy apresentou algumas obras do economista e destacou a importâcia de cada uma. "Hoje temos uma data especialíssima para os economistas do universo e os economistas brasileiros. Eu próprio o considero o maior economista da história brasileira", declarou.

Junto a outros economistas da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), uma comissão regional ligada à ONU (Organização das Nações Unidas), Furtado ajudou a desenvolver o pensamento “estruturalista”, buscando compreender os motivos por trás do subdesenvolvimento no Brasil e outros países da América Latina.

A carreira de Furtado também ficou marcada por diversas passagens pela administração pública. Foi diretor do BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) entre 1958 e 1959, período em que publicou seu livro mais conhecido, “Formação econômica do Brasil” (1959); foi ministro do Planejamento do então presidente João Goulart (1961 a 1964) entre 1962 e 1963; e, por fim, chefiou o Ministério da Cultura sob José Sarney (1985 a 1990) entre 1986 e 1988.

Além de fundador, Furtado também foi diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), entre 1959 e 1964, e pensador do desenvolvimento regional, moldou o pensamento de vários economistas que vieram a seguir.

"Ele sempre se preocupou sobre como fazer do Brasil uma nação efetivamente industrializada. [...] Foi um extraordinário batalhador para que nós pudéssemos equilibrar melhor o desenvolvimento do Nordeste. Nisto ele acabou tendo uma grande influência, sobretudo naquilo que foi realizado durante os governos de Lula e Dilma para o desenvolvimento do Nordeste", afirma Suplicy.

Celso Furtado morreu em 20 de novembro de 2004, aos 84 anos, após uma parada cardíaca.