Senado vota projeto para proteção das mulheres em ambientes esportivos

O projeto deve garantir a proteção contra qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause risco de morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial

Na próxima terça-feira (17), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal debate o projeto que altera o Estatuto do Torcedor para assegurar maior proteção às torcedoras contra atos de violência em ambientes de prática esportiva.

O Projeto de Lei (PL) é de autoria da ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira e senadora Leila Barros (PSB-DF) e determina que as torcedoras deverão ser protegidas contra qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhes cause risco de morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico ou dano moral ou patrimonial.

Foto: Jane de Araújo/Agência SenadoEx-jogadora de vôlei, senadora Leila Barros apresentou projeto com objetivo de proteger torcedoras de assédio e outras formas de violência nos ambientes esportivos
Ex-jogadora de vôlei, senadora Leila Barros apresentou projeto com objetivo de proteger torcedoras de assédio e outras formas de violência nos ambientes esportivos

O objetivo da PL é assegurar a proteção de todas as torcedoras, como forma de erradicar o assédio e outras formas de violência, além de proibir referências misóginas, em ambientes esportivos. Atualmente a proibição de que trata o Estatuto do Torcedor engloba apenas ofensas racistas e xenófobas.

A flamenguista Aline Alves, além de torcedora, é jornalista esportiva. Sempre em ambientes cercado de homens, Aline fala sobre a importância desse Projeto de Lei e como a proteção pode levar mais torcedoras aos ambientes esportivos.

Foto: Arquivo PessoalA torcedora Aline Alves fala como a mudança do Estatuto do Torcedor pode levar mais mulheres aos locais de competição, como estádios
A torcedora Aline Alves fala como a mudança do Estatuto do Torcedor pode levar mais mulheres aos locais de competição, como estádios

"Com relação a política de proteção estabelecida pela alteração feita no Estatuto do Torcedor, acredito que é uma mudança bem vinda. O risco que nós, como mulheres torcedoras, corremos ainda é real. O assédio ainda é muito comum dentro desses ambientes, além de proteção assegurada às mulheres que já frequentam estádios e outros locais de competições esportivas, acredito que a sensação de segurança possibilite a entrada de mais mulheres dentro desse mesmo ambiente tornando-o cada vez mais seguro e menos nocivo a nós, mulheres", explica a torcedora.

Se aprovado na CE, o projeto poderá seguir diretamente para votação na Câmara dos Deputados.

Fonte: JTNews, com informações da Agência Senado

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