Anvisa retira exigência de testes no Brasil para autorização emergencial da vacina
Com a mudança, a norma da Anvisa segue exigindo estudo de desenvolvimento clínico da vacina na fase 3, mas agora ele não precisa estar sendo conduzido no BrasilA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nessa quarta-feira (3/02) o fim da exigência de estudos da fase 3 em andamento no Brasil para autorização emergencial de vacinas no país.
Esta é a principal mudança trazida na atualização do guia para uso emergencial de imunizantes contra a COVID-19. São os estudos da fase 3 que mostram o percentual de eficácia da vacina, quantas doses devem ser aplicadas, além da avaliação de eventuais reações adversas.
"Essa atualização faz parte da estratégia regulatória do Brasil de favorecer acesso. Ela está apartada de qualquer discussão que seja fora do âmbito técnico, para que o Brasil garanta que tenha acesso a vacinas com qualidade, eficácia e segurança", disse a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, durante coletiva de imprensa para comunicar as alterações.
Com a mudança, a norma da Anvisa segue exigindo estudo de desenvolvimento clínico da vacina na fase 3, mas agora ele não precisa estar sendo conduzido no Brasil. O guia passa a contar com a seguinte redação: "A vacina deve preferencialmente possuir um Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) anuído pela Anvisa e o ensaio clínico fase 3, pelo menos, em andamento e em condução no Brasil".
No caso de fase 3 realizada no exterior, caberá ao laboratório requerente apresentar os dados brutos do estudo, fazer o acompanhamento dos participantes dos testes para avaliação de eficácia por, pelo menos, um ano e apresentar demonstração de que os estudos pré-clínicos e clínicos foram conduzidos conforme as diretrizes aceitas nacional e internacionalmente. O prazo de análise para vacinas sem estudo de fase 3 desenvolvido no Brasil será de até 30 dias.
"A vacina com estudo de fase 3 aqui no Brasil ou no exterior vai ter que seguir o mesmo critério de segurança, qualidade e eficácia. A única diferença vai ser a necessidade de apresentar dados que permitam que nós tenhamos confiança no estudo no exterior e que esse estudo mostre que a vacina serve para a população brasileira. E nós como agência reguladora vamos assegurar isso", afirmou Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos da Anvisa.
Até agora, no Brasil, existem duas vacinas com autorização de uso emergencial: a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a Sinovac; e o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca, em parecia com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A flexibilização nas regras do pedido de uso emergencial pode beneficiar, por exemplo, o laboratório União Química, que está à frente da produção da vacina russa Sputnik V no Brasil. O imunizante ainda aguarda autorização de estudo fase 3 no país, mas agora não dependerá mais desse pré-requisito para encaminhar o pedido.
De acordo com Meiruze Freitas, a expectativa é que a nova redação do guia para uso emergencial amplie a oferta de vacinas no país. "A gente ainda não recebeu isso diretamente de nenhuma empresa, mas eu espero fortemente que tenha impacto. Isso certamente possibilitaria para a Moderna, Novavax e um monte de outras vacinas, dentro inclusive do portfólio da Covax Facility ".
Fonte: JTNEWS com informações da Agência Brasil
Comentários
Últimas Notícias
-
Política
Justiça Eleitoral cassa mandato de prefeito de Simões por abuso de poder político nas eleições de 2024
-
Segurança Pública
Mulher é encontrada morta com marcas de tiros e mãos amarradas em estrada no Litoral do Piauí
-
Política
Eduardo Bolsonaro se pronuncia após ter mandato cassado
-
Justiça
STF determina adoção de plano para combater racismo estrutural no país
-
Segurança Pública
PF mira deputados em operação que apura desvio de cotas parlamentares
Blogs e Colunas
Mais Lidas
-
Segurança Pública
Polícia Penal ganha destaque na PEC da Segurança Pública, após relatório do deputado federal Mendonça Filho
-
Política
Justiça Eleitoral cassa mandato de prefeito de Simões por abuso de poder político nas eleições de 2024
-
Justiça
Justiça do Piauí condena Bradesco a indenizar moradora de Regeneração em oito vezes o valor de empréstimo fraudulento
-
Saúde
Leite materno: o primeiro remédio contra doenças crônicas; por Grazi Mantovaneli
-
Política
Prefeitura ignora proposta de R$ 171 mil e contrata por R$ 223 mil após prazo de 5 minutos