André do Rap concordou em se entregar mas desapareceu, afirma advogado

O nome de André do Rap consta em listas de procurados tanto do Ministério da Justiça quando da Interpol

O advogado Áureo Tupinambá, que representa André de Oliveira Macedo, o André do Rap, afirmou que seu cliente concordou em se entregar à Justiça depois de ter habeas corpus revogado. O traficante, entretanto, desapareceu.

Foto: Arquivo PessoalAndré de Oliveira Macedo, o André do Rap
André de Oliveira Macedo, o André do Rap

“Eu falei pra ele o seguinte: ‘André, na terça-feira (13), primeiro dia útil, nós vamos entrar com um remédio jurídico pra tentar a cassação da liminar do Fux. Caso dê errado, é necessário que você se entregue, tudo bem?’ Ele falou que tudo bem. E nós combinamos de nos encontrar no domingo (11), mas depois eu não vi mais ele, não tive mais contato com ele“, disse Tupinambá em entrevista à CNN Brasil divulgada nesse domingo (18).

André do Rap deixou a Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, em 10 de outubro, depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello conceder habeas corpus.

O presidente do STF, ministro Luiz Fux, derrubou a decisão e determinou que o traficante voltasse à prisão. O magistrado justificou que a liminar do colega “viola a ordem pública”.

“Ele não ia sair do país. A ideia é que nós pegássemos um avião comercial e fôssemos pra Santos. Depois que veio a notícia da revogação da liminar, a situação com meu cliente saiu do controle. Por mais que eu insistisse para ele aguardar a defesa tentar derrubar a decisão do ministro Fux, ele não seguiu a orientação“, falou o advogado.

Em sessões de 13 e 15 de outubro, o plenário do STF votou para validar a decisão de Fux de suspender o habeas corpus. 

O nome de André do Rap consta em listas de procurados tanto do Ministério da Justiça quando da Interpol. Simone Guerra, coordenadora-geral de cooperação internacional da Polícia Federal e chefe do braço da Interpol no Brasil, afirmou à CNN Brasil que aposta na cooperação policial para capturar o traficante.

“Na medida em que o Brasil inclui um nome na divisão vermelha da Interpol, significa que esse nome vai ser compartilhado em todos os países como  um alerta ou também pode surgir uma operação para prender uma pessoa, um nome que esteja na divisão vermelha”, disse.

“Eu posso dizer que, do ponto de vista da cooperação policial, mesmo porque somos aqui da mesma região, da América do Sul, nós temos uma boa relação com todos os países.”

Fonte: Poder360

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