O desembargador Joaquim Santana Filho, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí, concedeu hoje (17/6) prisão domiciliar ao jornalista Arimatéia Azevedo [preso preventivamente] pelo juiz da Central de Inquéritos Valdemir Ferreira dos Santos, após investigação por crime de extorsão.
Dentre as fundamentações do desembargador Joaquim Santana, estão, principalmente, as constantes da Recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no que diz respeito às precauções acerca da COVID-19, considerando ser o jornalista preso preventivamente, idoso, e portador de doenças que levam a aumentar a atenção nessa atual contemporaneidade da Pandemia do novo Coronavírus com pessoas presas com o seu perfil.
Agora o jornalista deve aguardar o desenrolar do seu processo em prisão domiciliar, que, com certeza vai debruçar-se mais sobre os argumentos de sua defesa, o trabalho aumenta, principalmente após a delação do professor Barreto, ainda sob segredo, ele que é apontado como coautor no processo que apura a extorsão ao médico Alexandre Andrade.
Academia de Polícia Civil deixa de funcionar como presídio especial
Com a decisão do Tribunal de Justiça em conceder prisão domiciliar a Arimatéia Azevedo, pelo menos por enquanto a Academia de Polícia Civil do Estado do Piauí (ACADEPOL) deixa de funcionar como presídio especial para presos indiscutivelmente influentes.
Dificilmente outras pessoas que vierem a ser presas nas mesmas condições dos acusados, isto é, com relação à gravidade de possíveis crimes; mas de renda per capita de um salário mínimo, recebam o mesmo tratamento que os dois famosos acusados de extorsão receberam, qual seja: custódia especial na Academia de Formação Policial, transformando-a em presídio especial.
Fonte: JTNEWS