Alexandre Frota pode ser expulso do PSL e ir para o DEM em breve

Um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro durante a campanha do ano passado, Frota começou a se distanciar do governo após fazer duras críticas ao presidente, seus filhos e seus aliados.

O destino do deputado federal Alexandre Frota deve ser definido nesta semana após uma decisão da Executiva do PSL.

Frota, que se absteve da votação da reforma da Previdência na semana passada, jogou um fósforo no barril de pólvora do PSL e parece não ter mais espaço no partido.

Foto: DivulgaçãoEm crise com o PSL, o deputado Alexandre Frota (SP) não votou a favor da reforma da Previdência em segundo turno.
Em crise com o PSL, o deputado Alexandre Frota (SP) não votou a favor da reforma da Previdência em segundo turno.

A saída, já dada como certa, anima outras legendas, como o Democratas (DEM), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já está de portas abertas esperando a decisão do partido de Jair Bolsonaro.

Segundo o presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE), ele e o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) vão se reunir nesta terça-feira (13) para uma conversa sobre os pedidos de expulsão levantados contra Frota e sobre a abstenção do parlamentar na votação da reforma da Previdência, usada como protesto.

Um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro durante a campanha do ano passado, Frota começou a se distanciar do governo após fazer duras críticas ao presidente, seus filhos e seus aliados.

Em entrevista à revista “Época” no mês de julho, o deputado chamou o presidente de “minha pior decepção”, afirmou que o chanceler Ernesto Araújo é “péssimo” e disse que o escritor Olavo de Carvalho, tido como influenciador do governo, “não vale absolutamente nada”.

Dias depois, ele ainda faria críticas à deputada Carla Zambelli e ao senador Major Olímpio, ambos do PSL. Sobre o militar, Frota escreveu no Twitter que ele compunha “uma milícia de ex-PMs” que se instalou na legenda e que sua passagem pelo partido nas eleições de 2018 teria deixado irregularidades.

“Major, até hoje estamos esperando a prestação de contas do PSL-SP antes, durante e depois da eleição. O senhor deixou 43 diretórios com sérios problemas. Estamos na liminar até hoje. Fora a sua milícia de ex-PMs. Em cada lugar que passo tem um coronel que é dono do PSL”, postou, no dia 22 de julho.

Com informações da Uol Notícias, a assessoria do parlamentar afirmou nesta segunda-feira (12) que ele desmarcou todas as agendas da semana, confirmou o bloqueio das redes sociais e afirmou que ele não fará declarações nos próximos dias.

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