Alerj aprova continuidade do processo de impeachment de Wilson Witzel
A decisão foi aprovada pelo plenário Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, por 69 votos a 0Por 69 votos a 0, o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o prosseguimento do processo de impeachment contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Entre outras acusações, Witzel é apontado por participar de suposto esquema de desvios de recursos da saúde, de fraudes e de superfaturamento em contratos emergenciais.
Nessa quarta-feira (23), Witzel apresentou sua defesa por videoconferência. O mandatário reclamou de ter o direito à defesa desrespeitado durante o processo. "Não tive o direito de falar nem na Assembleia e nem nos tribunais. Estou sendo linchado moralmente, linchando politicamente, sem direito de defesa".
Em seu discurso, Witzel afirmou que teve reputação ilibada enquanto foi juiz federal, e que, ao ser eleito, esforçou-se "para arrumar a bagunça do Estado do Rio de Janeiro e combater todo tipo de irregularidade". O governador afastado também disse que tentou ter uma boa articulação com os deputados estaduais, mas que a cordialidade não foi recíproca.
"Eu tentei me aproximar de cada um. As portas do Palácio Guanabara sempre estiveram abertas a todos e a todas. Mas quantos foram lá bater na porta do Palácio Guanabara [sede do Executivo fluminense]? Quantos se sentaram comigo para discutir o governo? Poucos se sentaram. Poucos estiveram lá. Se eu fui omisso, todos os senhores e senhoras também são omissos", disse Witzel.
Agora, o presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Cláudio de Mello Tavares, será comunicado da decisão. Assume o comando do processo. Será formado um colegiado de cinco deputados eleitos pela Alerj e cinco desembargadores.
Sessão na Alerj
Deputados não pouparam críticas ao governador afastado. Márcio Gualberto (PSL) bradou que "Witzel deveria estar em Bangu 8 se defendendo", Felippe Poubel (PSL) destacou que o Estado é um dos que mais possui vítimas da COVID-19. "A mão do governador está suja de sangue das pessoas inocentes", afirmou.
A deputada Alana Passos (PSL) afirmou que Witzel "estava mais preocupado em fazer negociações, oferecer cargos, obter pessoas de fato na sua base, do que o respeito para com a população".
"Mais uma vez, o Palácio Guanabara se vê envolvido nas páginas criminais. Os indícios são robustos, seja em relação a desvios, favorecimentos, falcatruas, maracutaias envolvendo duas Organizações Sociais, a UNIR e a Iabas, seja em relação às compras superfaturadas se respiradores", falou o deputado Waldeck Carneiro (PT).
A deputado Rosane Félix (PSD) disse que "o governador errou, seja por publicidade ou por incompetência. O governo Wilson Witzel, eleito pelo sentimento popular de mudança entra para a história deixando a marca da corrupção. Várias autoridades nomeadas por ele estão presas".
Fonte: Poder360
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