A Montanha pariu um Rato que tem Peçonha! Por Rômulo Plácido
Teresina irá em 2024 optar entre a velha política ou o político velho?!Em Portugal, a expressão “a montanha pariu um rato” é utilizada para designar alguma coisa que, após muita expectativa, produz apenas algo muito insignificante.

A eleição do atual Prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, simbolizava em 2020 a ruptura com um sistema político há muito tempo encastelado na Administração Municipal.
O septuagenário político trouxe ventos de esperança e renovação tanto para os sempre oportunistas políticos fisiológicos quanto para teresinenses que sonhavam com uma Teresina melhor.
Contudo, apesar das fortes expectativas, o Dr. Pessoa se revelou um gestor abaixo do medíocre, não inovando em nada no modo de fazer política ou na gestão pública, que era o mínimo que se esperava dele.

Logo no início de sua gestão, o velho político encastelou nos melhores cargos da administração pública de Teresina uma plêiade de políticos tradicionais e os seus familiares mais próximos, rendendo, assim, oferendas no altar da politicagem rasteira, do nepotismo indisfarçado e, dessa maneira, decepcionando os seus apoiadores que de fato tornaram o Dr. Pessoa um fenômeno eleitoral.
Em paralelo, o Dr. Pessoa também se revelou absolutamente incapaz de enfrentar os graves problemas de Teresina e de formar um grupo político coeso, forte e competente para tentar reverter os ventos que até aqui lhe são desfavoráveis para vencer o pleito eleitoral do ano que vem.
Cercado de gente que simplesmente lhe diz amém, o velho político reside em um mundo distante da realidade de Teresina e sua relevância político eleitoral decorre tão somente das benesses que a máquina pública municipal pode ofertar para aqueles que lhe constituem um grupo de apaniguados de baixa qualificação técnica e com intuitos diversos do bem estar dos teresinenses.
Se não melhorar os seus índices de aprovação popular, um a um os seus acólitos mais próximos irão seguir os passos de Themístocles Filho, Robert Rios e para nosso espanto até de Lucas Pereira, com a perda de apoiadores se intensificando na medida em que o tempo de distribuição das benesses do poder vai se esvaindo com o final do mandato do atual prefeito ficando mais e mais curto.
No próximo ano, a cidade de Teresina será chamada uma vez mais a escolher entre os três segmentos que até aqui estão postos, o agrupamento do atual prefeito, o grupo do “antigo PSDB de Wall Ferraz” e o bloco político capitaneado pelo governador petista Rafael Fonteles, podendo também, quiçá, até algum outsider despontar no período eleitoral, fenômeno nunca visto recentemente por essas bandas, contudo sempre uma possibilidade que não pode ser de todo descartada.
O já bastante idoso grupamento do “antigo PSDB de Wall Ferraz” aposta nas mazelas do septuagenário Dr. Pessoa para que – por simples comparação – possa ser novamente alçado ao comando municipal. Imagina esse grupo político que Teresina, ao constatar que fez uma opção ruim na última eleição, possa voltar à segurança de gestores experimentados e, concomitantemente, venha também a esquecer os graves vícios que permeavam os gestores anteriores e que lhes acarretaram o fracasso eleitoral experimentado no último pleito.

O segmento governista no âmbito estadual, sob a despontante e jovem liderança do governador Rafael Fonteles, busca também provar o seu valor eleitoral na capital teresinense, superando até o capital político do ex-governador Wellington Dias que nunca conseguiu se eleger prefeito de Teresina e nem colocar no posto um de seus seguidores.
Com esses excepcionais contendores, o Prefeito de Teresina afigura nesse momento está se constituindo em um alvo fácil de críticas avassaladoras nas eleições que se avizinham por ser o responsável por uma administração até aqui desastrosa que não atende os anseios mínimos da população teresinense.
O que se tem de fato no atual contexto é que a população de Teresina esperava muito mais de um prefeito que se elegeu com a bandeira da mudança e da moralização política mas que de fato não fez uma coisa e nem outra, muito ao contrário, incorporou a velha politicagem do clientelismo em busca de apoio em detrimento da competência técnica e do compromisso com a inovação para a melhoria dos serviços públicos em prol da população.
O mote da última eleição era a inovação, embalada pelo forte desejo popular de mudança dos gestores municipais, mas, ao que tudo nos indica, a frustação da população teresinense irá produzir no próximo embate eleitoral algo diferente de um ser peçonhento de laboratório que não inovou a gestão pública e que se rendeu ao mais baixo fisiologismo político e ao vil nepotismo.
Acorda Teresina!
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