Segurança Pública

Policiais civis cobram voz no Pacto pela Ordem e denunciam exclusão do governo do Piauí

“Nossos profissionais conhecem a realidade das delegacias, das ruas e dos desafios do dia a dia." afirmou o presidente do SINPOLPI

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Presidente do SINPOLPI, Isaac Vilarinho

Apesar do anúncio do governo do Estado de que as promoções dos policiais civis seriam publicadas no dia 2, o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Piauí (SINPOLPI) se mantém vigilante quanto ao cumprimento do prazo e critica a condução das políticas públicas de segurança sem a participação das entidades representativas da categoria.

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Presidente do SINPOLPI, Isaac Vilarinho

De acordo com o presidente do SINPOLPI, Isaac Vilarinho, as promoções devem seguir o que determina a Lei Complementar n° 37/2004 e a nova Lei Orgânica Nacional da Polícia Civil, que padroniza o processo de promoção, tornando-o independente da existência de vagas. “Tivemos a maior promoção da história da Polícia Civil e a segunda seguida nesse novo formato. O governo cumpriu o prazo, mas seguimos atentos”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de paralisações ou mobilizações caso os prazos não sejam respeitados futuramente, Isaac enfatizou que o sindicato “sempre age de forma estratégica na busca da concretização dos direitos e prerrogativas da categoria”.

Um dos pontos mais sensíveis levantados pelo SINPOLPI diz respeito ao Pacto pela Ordem, nova política pública de segurança lançada pelo governo estadual. O sindicato afirma que não foi consultado em nenhuma etapa da construção do plano. “Isso diz muito sobre a forma como essa política tem sido conduzida. Quando se exclui uma entidade como o sindicato dos policiais civis, que representa Agentes e Escrivães que estão na linha de frente do combate ao crime, não se está apenas desrespeitando a categoria. Está se comprometendo a qualidade da política pública”, criticou o presidente.

Isaac ressaltou que deixar de ouvir quem está na ponta da investigação criminal é um erro que impacta diretamente a população. “Nossos profissionais conhecem a realidade das delegacias, das ruas e dos desafios do dia a dia. Sem essa escuta, o risco é grande de se criar ações que não enfrentam os verdadeiros gargalos do sistema de segurança pública”, completou.

Para o SINPOLPI, o governo precisa repensar sua forma de dialogar com os representantes da categoria e incluir as entidades sindicais na formulação de qualquer política que afete diretamente os trabalhadores da segurança. 

Fonte: JTNEWS

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