A Polícia Federal realiza na manhã de hoje (19) Operação Desintegração no Congresso. Os principais alvos são o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) e o filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE).
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou 52 mandados de busca e apreensão. A PF investiga possível desvio de dinheiro público de obras de transposição do Rio São Francisco, no período em que Bezerra foi ministro da Integração Nacional, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A apuração começou em 2017 e teve como base delações premiadas firmadas no âmbito da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016. A operação investigava o uso de empresas de fachada na lavagem de dinheiro de empreiteiras e no pagamento de propinas a políticos.
Segundo a PF, a investigação também constatou que dívidas pessoais de autoridades, principalmente relativas às campanhas eleitorais, foram pagas pelas empresas investigadas.
Desde fevereiro, Bezerra Coelho é líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado. De 2011 a 2013, foi ministro da Integração Nacional de na gestão petista de Dilma Rousseff (de 2011 a 2013). Fernando Coelho Filho foi ministro de Minas e Energia no governo de Michel Temer (de 2016 a 2018).
A resposta
Em reposta à operação da Polícia Federal, o advogado de defesa André Callegari, afirmou que as medidas se referem a “fatos pretéritos” e que a justificativa seria a “a atuação política e combativa do senador”.
“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal”, diz o advogado.
A defesa do senador acrescentou que a Procuradoria-Geral da República opinou contra a busca, afirmando taxativamente que “a medida terá pouca utilidade prática”. Ele disse que a defesa seguirá firme no propósito de demonstrar que as cautelares são extemporâneas e desnecessárias.
Fonte: JTNews, com informações da Agência Senado e Poder360