O líder do PSL no Senado Federal, Major Olimpio (SP), afirmou nesta sexta-feira (18), ao lado do Delegado Waldir (líder do PSL na Câmara dos Deputados), que Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro "atrapalham em tudo" e sugeriu a indicação dos três filhos do presidente para 3 embaixadas por no mínimo 3 anos, com a intenção de dar "sossego ao presidente".
"Em vez de ter uma embaixada para um, se a gente arrumasse três embaixadas e os três ficassem três anos fora do Brasil, o presidente ia avançar em muito. Ele ia ter sossego", ironizou o lider do partido do Presidente da República Jair Bolsonaro.
Olimpio e outros membros do PSL se reúnem nesta sexta para uma convenção extraordinária da sigla. Segundo o senador, o encontro tem a função de promover "ajustes internos no partido", como o preenchimento de vagas da executiva nacional, que ficaram vacantes com a saída de pessoas da legenda ao longo dos anos. Além disso, os integrantes do PSL devem debater a crise na sigla.
Na porta da sede nacional do partido, onde ocorre a convenção, Olimpio afirmou que a decisão de retirar Flávio e Eduardo da presidência dos diretórios do Rio de Janeiro e de São Paulo, respectivamente, "já foi tomada". "Há uma exigência dos parlamentares no estado da total impossibilidade de se prosseguir", explicou.
Ele afirmou que a reunião de hoje não tem como pauta prioritária essa suspensão, mas o afastamento pode acontecer a qualquer momento."O problema é só de quando nós vamos efetivar isso. Pode até ser [hoje] que já suba pro TSE a publicação", disse.
Segundo o senador, ele não tem medo de retaliações por defender medidas contrárias aos filhos do presidente. "Eu não tô preocupado se é filho do presidente. É filiado ao partido e vai ter o mesmo tratamento respeitoso quando se deem o respeito. E quando não se dê o respeito vai ter o embate", afirmou o major Olímpio.
O divórcio já expresso de Bolsonaro e Joice Hasselmann, pelo menos na liderança do governo no Congresso Nacional já é fato que pode interferir em algumas decisões políticas na Câmara dos Deputados, obviamente no que diz respeito àquelas decisões em que o PSL tenha que decidir sobre votações em que haja conflito de interesse entre a ala ligada a Luciano Bivar e o presidente Bolsonaro, ou seja, o 'cadáver não está morto', mesmo que pareça paradoxal, e ele responde pelo nome de 'Luciano Bivar', que agora está mais fortalecido do que antes.
Bolsonaro já não tinha essa articulação "tão excelente" na Câmara dos Deputados com dois líderes [imagine agora], já que Joice Hasselmann era líder no Congresso Nacional em que a Câmara está incluída, mas é público e notório que ela (Joice) contribuiu para a razoável articulação do Governo durante a Reforma da Previdência, tendo se destacado muito mais do que o líder do Governo na Casa, major Victor Hugo (PSL-GO).
Pelo que se observa, essa "carnificina" dentro do PSL só está tomando proporções ainda maiores de ontem (17) pra cá, espera-se a próxima semana para vê como fica essa situação que já tomou outras proporções que extrapolam as entranhas do Congresso nacional.
Fonte: Redação JTNews, com informações do Congresso em Foco