Segurança Pública

Integrantes do PCC fogem de prisão no Paraguai

Autoridades Paraguaias afirmam que houve cumplicidade de agentes públicos

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Penitenciária Pedro Juan Caballero, no Paraguai

Nas primeiras horas do último domingo (19),cerca de 75  prisioneiros da Penitenciária Pedro Juan Caballero, no Paraguai, fugiram. Presume-se que tenham escapado da prisão por um túnel com a cumplicidade de autoridades.

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Penitenciária Pedro Juan Caballero, no Paraguai

O chefe de Segurança, Matías Vargas, e o diretor da penitenciária, Cristian González, foram demitidos. Também foram presos cinco guardas da prisão. A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, disse que "a possibilidade de envolvimento de agentes penitenciários corruptos" é alta na fuga dos 75 membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Impossível que eles não tenham visto a quantidade de areia em uma das celas. O túnel foi cavado de uma cela que vai para o lado da prisão. Não é possível que os funcionários não tenham visto uma saída no perímetro da penitenciária. Existe um conluio brutal óbvio”, disse.

Cecilia Pérez adiantou que se encontrará com o presidente da República, Mario Abdo Benítez, para oferecer sua renúncia ao cargo de ministra da Justiça. “A responsabilidade política deste ministério é minha e eu trabalho e devo ao Presidente da República, à cidadania e à opinião pública. O presidente tomará a decisão que ele deve tomar”, afirmou.

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Ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez (ao centro), em coletiva de imprensa após fuga em massa dos integrantes do PCC

Perez disse que, se o presidente determinar, ela continuará trabalhando para reverter “esses eventos sérios”, para que as responsabilidades sejam determinadas e as pessoas envolvidas sejam processadas. O ministro do Interior, Euclides Acevedo, afirmou que a fuga foi uma libertação de prisioneiros. “Já nos dias anteriores vários dos fugitivos teriam deixado a prisão pela porta principal. Isso implica que, com efeito, toda a penitenciária está envolvida”.

Ele afirmou que a maioria dos 75 presos do PCC que escaparam da prisão "não saiu pelo túnel". Os outros, segundo o ministro, "saíram pela porta da frente".Em 16 de dezembro, a ministra da Justiça, Cecilia Pérez, e o vice-ministro de Política Penal, Hugo Volpe, relataram a descoberta de um plano de voo para um suposto membro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

De acordo com os dados fornecidos pelas autoridades, a quantia de até US$ 80 mil foi oferecida a agentes penitenciários ou membros das forças públicas para esse fim. Perez acrescentou que, segundo a inteligência, a fuga foi planejada para um preso da Penitenciária Regional Pedro Juan Caballero, em Amambay.

Brasil trabalha com paraguaios na recaptura de presos, diz Moro

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro

Após a fuga de cerca de 75 prisioneiros da Penitenciária Pedro Juan Caballero, no Paraguai, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou nesse domingo (19), através das redes sociais que o governo brasileiro está trabalhando junto com as força de segurança paraguaias para impedir a entrada dos criminosos no Brasil.

“Estamos trabalhando junto com as forças estaduais para impedir a reentrada no Brasil dos criminosos que fugiram de prisão do Paraguai. Se voltarem ao Brasil, ganham passagem só de ida para presídio federal”, disse Moro pelo Twitter. Em outra postagem, o ministro disse ainda que está à disposição do Paraguai para ajudar na recaptura dos presos, que integram o Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Estamos à disposição também para ajudar o Paraguai na recaptura desses criminosos. O Paraguai tem sido um grande parceiro na luta contra o crime”, escreveu.

Fuga

Nas primeiras horas deste domingo (19), 75 prisioneiros escaparam da penitenciária por um túnel. Inicialmente, a ministra da Justiça do Paraguai, Cecilia Pérez, disse que 91 presos haviam fugido. Pouco depois, a ministra corrigiu o número de fugitivos para 75.

O chefe de Segurança, Matías Vargas, e o diretor da penitenciária, Cristian González, foram demitidos. Também foram presos cinco guardas da prisão.

“Impossível que eles não tenham visto a quantidade de areia em uma das celas. O túnel foi cavado de uma cela que vai para o lado da prisão. Não é possível que os funcionários não tenham visto uma saída no perímetro da penitenciária. Existe um conluio brutal óbvio”, disse a ministra Pérez.

Fonte: Agência Brasil

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