O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, José Sarto (PDT), anunciou na noite de hoje a criação de uma comissão formada por representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário a fim de “buscar uma solução para pôr fim à paralisação de parte dos policiais militares do Estado”.
O grupo será integrado também por membros do Ministério Público e Exército. Todos os integrantes do colegiado devem ser indicados ainda nesta semana.
Segundo informação divulgada pelo Jornal O POVO, o governador Camilo Santana (PT) esteve reunido durante toda a tarde e parte da noite de hoje com chefes dos poderes, generais, o procurador-geral de Justiça e secretários, além do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). O encontro foi no Palácio da Abolição.
Assinada conjuntamente por Governo, AL e Judiciário, a nota é resultado dessa conversa. A avaliação é de que há necessidade de abrir canal de diálogo com os policiais, mas sem recuar de punições já determinadas pelo comando da PM. Até o início da semana, 168 militares haviam sido alvo de processo disciplinar.
A intenção da comissão tampouco é negociar os termos da proposta de reajuste já apresentada pelo Governo, segundo fontes que participaram da reunião no Abolição. Pela tabela enviada à AL, discutida e acordada com dirigentes de associações de militares e parlamentares ligados ao segmento, um soldado passará a ganhar R$ 4,5 mil ao final de 2022 - hoje o soldo da patente é de R$ 3,2 mil.
O motim da PM completou uma semana nessa terça-feira, 25. Do dia 19/2 até ontem, ao menos 170 homicídios foram registrados no Ceará. Em Fortaleza, um quartel da PM permanece sob a posse dos soldados.
Leia a íntegra da nota
Os poderes constituídos do Ceará - Executivo, Legislativo e Judiciário - informam que, por sugestão do Ministério Publico do Ceará, está sendo criada uma comissão formada por representantes de cada poder, com a participação do MP-CE e acompanhamento do Exército Brasileiro, com objetivo de buscar uma solução para pôr fim à paralisação de parte dos Policiais Militares do Estado.
Fonte: Henrique Araújo do O POVO | Edição JTNEWS