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Diretor da Aneel dará explicações sobre o apagão no Amapá na terça-feira (17)

O estado está em regime de racionamento, com fornecimento parcial de energia, mas ninguém dá explicações plausíveis para o problema, que agrava o quadro de saúde dos cidadãos em plena pandemia

Foto: Rudja Santos/Amazônia Real
O apagão, iniciado no dia 3, deixou 14 dos 16 municípios amapaenses às escuras

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone da Nóbrega, vai participar de audiência pública remota da comissão de acompanhamento das ações do governo contra a COVID-19 na terça-feira (17), a partir das 10h.

Foto: Rudja Santos/Amazônia Real
O apagão, iniciado no dia 3, deixou 14 dos 16 municípios amapaenses às escuras

O convite, feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é para que o dirigente dê informações sobre o apagão no Amapá, que deixou 14 dos 16 municípios do estado às escuras, explique por que houve falha no sistema de reserva, que precisaria entrar em funcionamento com a pane do primeiro gerador e, por isso, sobrecarregou o sistema e quais foram as providências tomadas para regularizar o fornecimento de eletricidade no estado.

Segundo Randolfe, ninguém no Brasil tem a dimensão do que é ficar quatro dias sem qualquer eletricidade, enfrentando fila para tudo, sem internet, sem usar outros meios de pagamento que não o dinheiro.

Agora, o estado está em regime de racionamento, com fornecimento parcial de energia, mas ninguém dá explicações plausíveis para o problema, que agrava o quadro de saúde dos cidadãos em plena pandemia.

"Nosso requerimento de convocação/convite para ele é porque é importante também entender o contexto daqui do Amapá. Nós estávamos na crescente de uma segunda onda da pandemia. Desde o começo do apagão, nós não conseguimos registrar o aumento do número de casos. Ontem (10), recebi a informação de que no Hospital de Oiapoque, no norte do Estado, a UTI já está lotada. A pandemia passou a ser parceira indispensável do caos e da tragédia da falta de energia", explicou o senador durante a reunião do colegiado na quarta-feira (11).

Na reunião, os senadores discutiram problemas como a frequente má qualidade do serviço prestado por empresas que foram privatizadas. O senador Esperidião Amin (PP-SC) lembrou ter questionado um dos dirigentes da Aneel sobre o problema com o transformador de backup em Macapá, o terceiro transformador, que estaria há seis meses parado para manutenção. O dirigente informou a Amin que, na verdade, ele estava quebrado havia 11 meses, o que, em sua opinião, é no mínimo uma negligência.

"Isso me faz lembrar um adágio que talvez conforte um pouco o nosso ministro [da Fazenda] Paulo Guedes por não ter privatizado nada. Olha, monopólio público é muito ruim, mas você tem, pelo menos, a quem xingar. O monopólio privado, com agência reguladora que não funcione com eficiência, é muito mais despótico, porque geralmente a cabeça pensante e quem manda no dinheiro mora longe. Então, isso é uma advertência para que nós fortaleçamos o sistema de regulação não só na energia elétrica, mas no geral", disse.

Fonte: Agência Senado

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