O delegado da Polícia Federal, Anderson Torres deve assumir manhã, nesta terça-feira (30/03) a pasta do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) a convite do presidente Jair Bolsonaro. Ele deixa a titularidade da Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal, onde auxiliava o governador Ibaneis Rocha.
Amigo dos filhos do presidente, especialmente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Anderson foi chefe de gabinete do deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR).
Ele chegou a ser cotado para assumir a direção-geral da Polícia Federal (PF), mas o então ministro Sérgio Moro fez questão de escolher um nome de sua preferência.
Assim que ganhou a eleição, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pediu ao presidente Jair Bolsonaro uma indicação para a Secretaria de Segurança, cuja escolha foi do nome de Anderson Torres.
Controle sobre as polícias do DF
Essa aproximação do governador do DF, Ibaneis Rocha com o presidente da República na área de segurança pública, deve-se ao fato de o art. 21, Inciso XIV, da Constituição da Federal assegurar que compete à União, leia-se governo federal, organizar e manter as polícias do Distrito Federal.
Art. 21. Compete à União: [...].
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio.
Não se sabe se essa hamonia vai perdurar, principalmente em razão das arranhuras do governador Ibaneis com o presidente Bolsonaro em razão das polêmicas envolvendo as políticas sanitárias no DF, justamente por ser ações díspares em comparação ao que defendo Jair Bolsonaro.
Comenta-se nos bastidores que o atual secretário de Administração Penitenciária do DF, Agnaldo Novato Curado Filho poderá assumir a pasta da Segurança Pública, de onde é originário. Entretanto, não há confirmação acerca de tal especulação.
Fonte: JTNEWS com informações do CB