Saúde

Vacina de Oxford pode ser licenciada ainda em 2020 para 'uso emergencial'

O estudo completo sobre a vacina produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford só deve estar pronto em junho de 2021

Foto: Breno Esaki / Secretaria de Saúde
Secretaria volta a alertar para a importância de que grupos de risco procurem mais as salas de vacina

O estudo completo sobre a vacina contra o novo Coronavírus produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford só deve estar pronto em junho de 2021. No entanto, a vacina pode ser licenciada ainda este ano, para uso emergencial por conta do contexto de pandemia da COVID-19. As informações são do jornal O Globo.

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

A professora e pesquisadora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Lily Yin Weckx disse que "o nosso estudo está indo muito bem e pretendemos em breve ter dados de eficácia da vacina". Ela é responsável pela coordenação dos estudos da vacina da AstraZeneca/Oxford no Brasil. Os testes clínicos estão na fase 3 e têm a participação de cerca de 5.000 voluntários.

A pesquisadora participou do I Congresso WebHall da Escola Paulista de Medicina. Durante sua apresentação, afirmou que "como temos vários centros estudando, com um grande número de pessoas sendo avaliadas, [a expectativa] é que possamos fazer uma análise interina dos dados. Se essa análise mostrar que o resultado é muito positivo, é possível conseguir o licenciamento para uso emergencial".

"A velocidade com que estamos desenvolvendo as vacinas é necessária para encararmos a nossa realidade. Não podemos esperar terminar a fase 1 para depois terminar a fase 2. Em tempos normais talvez pudesse esperar", disse a pesquisadora. "Mas o importante é: não se pulou nenhuma etapa, principalmente de segurança. Nessa fase, Anvisa, Conep e todo o sistema regulatório de Brasil tem colaborado na sua agilidade, mas a exigência continua a mesma", completou.

Weckx explicou que "a vacina, se for licenciada, se ela se mostrar eficaz, com certeza ela será priorizada para os grupos de risco como profissionais de saúde e idosos".

Fonte: Poder360

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