O desmonte na saúde pública de Teresina ganhou mais um capítulo vergonhoso. Profissionais que atuam no Hospital da Primavera denunciam que, além da falta crônica de itens básicos como dipirona, ondansetrona e soro fisiológico, agora nem o café para os trabalhadores está garantido.
A decisão partiu da própria gestão municipal, sob comando do prefeito Silvio Mendes (União Brasil), que justifica o corte como medida para "reduzir gastos". A pergunta que fica é: cortar de quem? Do trabalhador que passa noites inteiras segurando a saúde da população nas costas?
A revolta tomou conta das redes sociais. “Cortar café dos profissionais da saúde é de ligar pro Disque 100, viu”, comentou uma internauta. Outro desabafou: “Se for no Hospital da Primavera, ele não mentiu, isso vem se arrastando desde o ano passado”. Já um terceiro alertou: “Daqui a pouco começa a fechar hospital pra conter gastos”.
Além do absurdo de cortar o mínimo de dignidade dos trabalhadores, os relatos são de que, durante o plantão noturno, colocam apenas um único médico para atender toda a demanda da unidade. Isso sem falar na falta de medicamentos básicos, que obriga pacientes a comprarem remédios do próprio bolso.
Enquanto isso, a gestão faz vista grossa para as verdadeiras prioridades. O prefeito que tanto se gaba de uma gestão eficiente, mostra na prática que a conta quem paga é sempre o povo e os trabalhadores que mantêm o sistema funcionando, mesmo sucateado.
Vale lembrar que a arrecadação de impostos na capital segue alta. “Quatro mil de impostos é pouco pra sustentar a máquina pública”, ironizam os profissionais, denunciando que os cortes não são por falta de dinheiro, e sim de gestão, prioridade e compromisso com a população.
Fonte: JTNEWS