O médico piauiense Sabas Vieira, ginecologista, mastologista e oncologista, publicou um vídeo em suas redes sociais nessa sexta-feira (8), explicando as oportunidades de tratamento precoce para evitar mais mortes por COVID-19.
Segundo Sabas, um grupo de médico para o combate ao Coronavírus no Estado foi formado há sete semanas, onde estes médicos foram auxiliados pela doutora piauiense Marina Bucar, que estava passando pelo pico da epidemia em Madri, na Espanha.
De acordo com Marina Bucar, a taxa de mortalidade no hospital em que trabalha era de 20% no início da epidemia, e agora diminuiu para 1,8 %.
A doença tem três fases. A primeira fase do vírus é chamada de replicação viral, que dura de 1 a 7 dias, e apresenta a oportunidade de tratamento precoce com hidroxicloroquina e azitromicina. Esta é a fase em que o paciente apresenta febre, relata sentir "um bolo na garganta", dor de garganta; 30% dos pacientes não sentem gosto dos alimentos, 30% tem náusea, vômitos e diarréia.
Para esta fase, é proposto que o tratamento seja feito a partir do segundo dia. Então, se você possui esses sintomas e eles duram 48 horas, procure assistência médica para realizar o tratamento adequado.
A segunda fase da doença é a fase inflamatória, e começa, geralmente, a partir do sétimo dia e vai até o décimo segundo dia. Nesta fase ainda há oportunidade de tratamento com corticoterapia para evitar a terapia intensiva.
Segundo Sabas, já existem bons resultados com este método de tratamento, o dr. Justino Moreira, diretor clínico do Hospital Regional, Tibério Nunes (HRTN) de Floriano no Piauí, já relatou cinco casos tratados com sucesso, em que os pacientes não precisaram ir para a UTI. "Hoje (8/5), a UTI de Floriano não tinha nenhum paciente com COVID-19, usando essa abordagem de tratamento precoce", afirma Sabas Vieira.
É importante ressaltar que a medicação não deve ser comprada e estocada sem avaliação médica
Para o doente tomar essas medicações, ele vai precisar assinar um documento autorizando, já que a medicação não tem comprovação sólida de eficiência.
O médico afirma ainda que o grupo está treinando outros médicos e que hoje (8/5) uma reunião com outros 500 médicos do País deve acontecer, para capacitar esses profissionais a fazer a prescrição adequada dos medicamentos e melhorar a abordagem usada no tratamento da doença. Segundo Sabas, o Governo do Estado já aprovou esse protocolo.
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"Não há evidência concreta da eficiência dessas condutas mas, pelo que se pode observar, houve uma redução brutal da taxa de mortalidade e a persperctiva é trazer essa experiência para o Piauí, como foi feito em Floriano", declarou o médico Sabas.
Assista ao vídeo completo:
Fonte: JTNEWS