A empresa brasileira Bombril está sendo acusada de racismo por seguidores e consumidores por lançar a esponja de aço inox com o nome "Krespinha", fazendo referência a uma definição de cabelo comum entre pessoas negras.
O nome foi o que chamou a atenção dos seguidores. Pelo Twitter, digitais influencers negros apontaram para a associação pejorativa.
"Krespinha, a esponja de aço da Bombril, perpetua estereótipos racistas e imagens de controle que associam o corpo de mulheres negras ao trabalho doméstico pesado. O nome e o marketing é baseado em racismo", escreveu a ativista Winnie Bueno.
"Me pergunto se existe algum preto na equipe de criação, ou só brancos alienados mesmo", comentou a youtuber Bianca DellaFancy.
A jornalista Yasmin Santos também pontuou que a marca "estava alheia aos debates" do mundo ao resolver lançar a esponja. Ela também relembrou uma campanha de 1952, com o mesmo tom pejorativo.
Uma esponja chamada "krespinha", da S. A. Barros Loureiro Indústria e Comércio era vendida na loja Sabarco, em São Paulo. A divulgação levava uma menina negra no logo, personificando a esponja na figura da garota.
Além do desenho, um seguidor apontou para referências históricas que poderiam estar subjetivamente ligadas. O "k" de krespinha poderia ser em referência a Ku Klux Klan, que vivia seu auge na época.
A campanha também trazia a frase "as suas ordens", colocando em tom de servidão.
No site da Bombril, o produto é definido como "perfeita para a limpeza pesada", sendo utilizada para a remoção de sujeiras e gorduras "de um jeito rápido e eficaz, sem esforço". Procurada, a empresa não respondeu até o momento aos questionamentos.
Fonte: UOL Notícias