Na noite dessa sexta-feira (16/5) no Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, o ministro da Economia do Governo Bolsonaro, de forma esdrúxula assacou agressões ardilosas e malevolentes contra os servidores públicos do Brasil, em especial dos que fazem a Segurança Pública, a exemplo de Policiais Penais, Civis, Rodoviários e Federais cada qual em suas respectivas áreas.
Hoje (16) as entidades de classe nacionais dos policiais, como a Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL), a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL) e a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FENAPRF), expediram Notas Públicas em repúdio ao ministro Paulo Guedes, por suas infelizes e ardilosas declarações contra esses servidores públicos que por 24 horas colocam suas vidas permanentemente em risco em favor da sociedade.
O ministro Paulo Guedes, chamou os servidores que estão contemplados pelo projeto de lei aprovado tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, [denominado de Ajuda Emergencial aos estados e municípios], de assaltantes e mercenários, obviamente que outrora já havia chamado-os de parasitas. Parte das declarações do Paulo Guedes foram literalmente assim:
“Nós queremos saber o que podemos fazer de sacrifício pelo Brasil nessa hora. E não o que o Brasil pode fazer por nós. E as medalhas são dadas após a guerra, não antes da guerra. Nossos heróis não são mercenários. Que história é essa de pedir aumento de salário porque um policial vai à rua exercer a sua função, ou porque um médico vai à rua exercer a sua função?”
A Nota Pública da AGEPPEN-BRASIL, em parte do seu teor, assim respondeu ao ministro Paulo Guedes:
[...] Esquece o malevolente Ministro PAULO GUEDES, que, enquanto estes profissionais estão arriscando suas vidas no enfrentamento à COVID-19 nos mais inóspitos ambientes Brasil afora [salvando, e, inclusive, perdendo vidas]. Quem está denunciado pelo Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), não são estes abnegados profissionais públicos, é sim, ele, o Ministro da Economia PAULO GUEDES, infiltrado no serviço público, com ‘infinitos’ poderes sobre a economia para orientar decisões, por vezes descabidas e beneficiar interesses de grupos financeiros com os quais construiu a sua trajetória profissional, mantendo ligações que, por óbvio, não se desfizeram a partir da sua posse no Ministério da Economia.
O TCU abriu processo em 2019 para apurar a suspeita de fraudes em negócios feitos por uma empresa do ministro da Economia, Paulo Guedes, com fundos de pensão de estatais. Portanto, o CPF lá registrado não é o dos servidores da Segurança Pública, é sim o do Ministro da Economia."
Prossegue a Nota da Associação dos Policiais Penais do Brasil (AGEPPEN-BRASIL) em outro trecho em respostas ao "famígero ministro da Economia, Paulo Guedes: Para este Governo, infelizmente, vidas parecem não importar, desde que as contas públicas pareçam estar equilibradas e se vende a imagem de falsa austeridade ao mercado financeiro. E porque tratamos a aparente austeridade das contas públicas como falaciosa? É fato que este governo, sob falso pretexto de evitar a quebradeira em bancos, deu um auxílio de R$ 1,2 trilhão de reais às instituições financeiras.
Mas nunca é demais relembrar que mesmo num momento de crise, os banqueiros e rentistas registraram lucro recorde em 2019, jamais visto na história do Brasil. Sem esquecer de diversas gratificações que PAULO GUEDES e seus assessores recebem para fazer o trabalho para o qual foram nomeados; ou seja, além de receber o salário de ministro, recebe gratificações em forma de JETONS de quantias vultosas, como forma de prêmio pelo que já deveria fazer por obrigação. Mas, parece agora bastante claro, o prêmio é por agredir de forma vil os servidores públicos," diz a Associação dos Policiais Penais por meio da Nota expedida no dia de hoje (16/5).
Já a Nota Pública dos Policiais Civis, por meio da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (COBRAPOL), assim expresou a revolta dos seus integrantes frente às agressões de Paulo Guedes:
"Guedes quer desarmar os soldados que estão enfrentando o inimigo 24 horas por dia sob todos os riscos, inclusive à sua vida. Estão aí os dados para provar que, proporcionalmente, o Brasil exibe, para nossa tristeza, os números mais elevados de óbitos entre esses servidores. Portanto, mais uma vez, o ministro, além de desrespeitoso e desonesto com os servidores públicos, pratica mais um ato de covardia," enfatizou a COBRAPOL.
Fonte: JTNEWS