A bancada do PT anunciou nessa quarta-feira (12), em reunião na CPMI das Fake News, que está encaminhando uma notícia-crime, à Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o depoente Hans River do Nascimento, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows, investigada por fraudes na campanha eleitoral de 2018.
"Depois do depoimento, houve manifestação da jornalista atacada que contestou ponto a ponto as declarações do depoente, o que constitui no mínimo uma possibilidade de testemunho falso", disse Lídice.
Para o deputado Rui Falcão (PT-SP), Hans River deve ser indiciado no relatório final da CPI das Fake News, pois é crime uma testemunha mentir. Ele declarou ainda que já subscreveu uma representação à Procuradoria-Geral contra o depoente.
Falso testemunho
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou punição ao ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows. Por meio das redes sociais, Rodrigo Maia afirmou que River deve ser punido no rigor da lei por ter mentido à comissão parlamentar de inquérito e feito declarações de cunho sexista.
"Dar falso testemunho numa comissão do Congresso é crime. Atacar a imprensa com acusações falsas de caráter sexual é baixaria com características de difamação. Falso testemunho, difamação e sexismo têm de ser punidos no rigor da lei", disse o presidente.
O presidente do colegiado, senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse que a jornalista será convidada para dar seu depoimento na próxima semana, como possibilidade de contestar as declarações de Hans River.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo manifestaram, em nota, solidariedade à jornalista Patrícia Campos Mello, que foi alvo de ataques nas redes sociais após repercussão das declarações de Hans River.
Fonte: Câmara dos Deputados