O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorização para receber a visita de Bruno Scheid, vice-presidente do Partido Liberal, em Rondônia.
No documento encaminhado ao STF, a defesa alega que Scheid é uma das lideranças políticas ligadas a Bolsonaro e que mantém forte amizade com a família do ex-presidente.
“Tal vínculo pessoal e familiar reforça a pertinência de sua presença na residência, sobretudo diante da impossibilidade de que a esposa do Peticionante concilie integralmente a atividade laboral com os cuidados exigidos” , diz o pedido.
Scheid havia feito uma solicitação semelhante anteriormente, mas o requerimento ainda não foi analisado por Moraes.
Apoiador do ex-presidente, Scheid foi pré-candidato a deputado federal por Rondônia, em 2022, pelo PL, mas não se elegeu. Ele foi apontado como o principal responsável por captar recursos para a campanha presidencial de Bolsonaro junto ao setor ruralista.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto por decisão de Moraes.
Antes da decisão efetiva, o ex-chefe do Executivo estava submetido a medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de deixar o país, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno (das 19h às 6h), e em período integral nos fins de semana e feriados.
A prisão foi decretada por Moraes, em virtude do descumprimento de cautelar imposta anteriormente.
O ex-presidente também estava proibido de utilizar as redes sociais de forma direta ou por intermédio de terceiros, mas acabou violando a regra, ao participar por videochamada da manifestação pró-anistia do dia 3 de agosto. O vídeo do momento foi compartilhado pelo filho nas redes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Quem não é da família do ex-presidente precisa de aval do STF para realizar visitas. Até agora, apenas um pedido foi negado: o do deputado Gustavo Gayer (PL-GO).
Moraes rejeitou a solicitação porque o parlamentar é alvo de um inquérito sigiloso em andamento na Corte, ligado a investigações envolvendo Bolsonaro
Fonte: JTNEWS com informações do Metrópoles