Bastou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, observar as declarações bombásticas do então ministro Sergio Moro, ontem (24) ás 11:00h [durante entrevista coletiva que autoexonerou-se do cargo de ministro da Justiça] para ele (Alexandre de Moraes) determinar à Polícia Federal que não promova qualquer troca de delegados que estão atuando em inquéritos no âmbito do STF.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, agiu mais como um cirurgião do que como magistrado, porque gravidade da "determinação cancerígena" do presidente da República, Jair Bolsonaro, nos termos denunciados pelo ex-ministro Sergio Moro, de interferir na Polícia Federal, assim exigia do 'cirúrgico magistrado' uma decisão imediata, ou seja a de impedir a troca de delegados aobel prazer não da República, mas dos que almejam que as investigações de determinados processos não ocorram de forma imparcial.
Assim sendo, nem o diretor executiva em exercício (ontem) da direção da Polícia Federal ou hoje (25), ou o já indicado diretor geral da Polícia Federal, Alexandre Ramagem, ou mesmo qualquer outro, não podem designar outros delegados para coordenar ou presidir os inquéritos que estão em trâmite no âmbito da Suprema Corte.
O 'corte cirúrgico' do ministro Alexandre de Moraes, em síntese, ficou assim consignado:
“Comunique-se ao Diretor Executivo da Polícia Federal, em exercício, que, no âmbito da Polícia Federal, as investigações neste inquérito deverão continuar a ser conduzidas pelo Delegado Federal Alberto Ferreira Neto, em São Paulo e da equipe de Brasília, composta pelos Delegados Federais Igor Romário de Paula, Denisse Dias Rosas Ribeiro, Fábio Alceu Mertens e Daniel Daher”.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF, chega exatamente no momento em que o presidente Bolsonaro indica para o cargo de diretor geral da Polícia Federal, o delegado Alexandre Ramagem, ele que é homem de confiança do presidente e da família Bolsonaro, e o principal pivô da crise que levou Sergio Moro a autoexonerar-se.
A título de esclarecimento, deve-se dizer que, salvo melhor juízo, somente o plenário do Supremo, composto dos 11 ministros pode mudar a decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes tomada ontem (24).
Fonte: JTNEWS