Segurança Pública

Acusado de matar vereador e guarda municipal premeditou o crime, conclui DHPP

As vítimas, Penélope Miranda e Thiciano Ribeiro, foram mortos no dia 27 de agosto no Centro de Teresina.

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Francisco Fernando de Oliveira Castro

O inquérito que investiga o assassinato da guarda civil municipal Penélope Miranda de Brito, e do vereador de Parnaíba Thiciano Ribeiro da Cruz (PL), foi concluído nessa quinta-feira (04). Junto com o relatório policial, o Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou à conclusão de que o crime, ocorrido no dia 27 de agosto no Centro de Teresina, foi premeditado pelo guarda Francisco Fernando de Oliveira Castro, ex-marido da vítima.

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Francisco Fernando de Oliveira Castro

Ele foi indiciado por feminicídio consumado e majorado contra Penélope, e homicídio qualificado contra o parlamentar com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, sem chance de defesa à vítima, perigo comum e emprego de arma de uso restrito. Além disso, a Polícia Civil também o indiciou pela tentativa de homicídio contra um taxista que estava nas proximidades do local onde Francisco Fernando matou a ex-esposa e o atual companheiro dela.

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Thiciano Ribeiro da Cruz (PL) e Penélope Miranda

Segundo a delegada Nathália Figueiredo, entre as testemunhas ouvidas ao longo do procedimento estão pessoas próximas à vítima. Em depoimento, elas afirmaram que a mulher era constantemente perseguida pelo ex-marido, mas que tinha ficado mais tranquila ao saber que ele já estava em outro relacionamento. Para a autoridade policial, esse foi o principal indício de que ele teria agido dessa forma para despistar a vítima, planejar e cometer o crime. “Foi trazido por amigos próximos que a Penelope chegou a baixara guarda em relação as perseguições, porque o Francisco Fernando passou a se relacionar com outra pessoa. Então para a gente não basta uma questão de um crime de ímpeto, já que ele já estava se relacionando com alguém, e a gente acredita que isso tenha servido como uma estratégia para que a vítima baixasse a guarda”, afirmou a delegada.

Além disso, o vereador Thiciano Ribeiro, atual companheiro de Penélope, também era alvo constante da indignação de Francisco Fernando, que não aceitava o término do relacionamento. “Foi trazido por testemunhas o tremendo incômodo que o Francisco Fernando tinha em relação a Thiciano. Alguns chegaram a dizer até que ele admitia que ela se relacionasse com outra pessoa, mas com o Thiciano não. Tinha o contexto de perseguição, a vítima já estava entrando em processo de ansiedade segundo os amigos mais próximos. Se sentia amedrontada sim, chegou até a dizer a possibilidade de pedir medida protetiva. No entanto, quando Francisco Fernando passou a se relacionar com outra pessoa, ela acreditava então que ele iria seguir em frente, coisa que não fez”, declarou Nathália Figueiredo.

O guarda municipal teve conhecimento de que o vereador estava em Teresina após uma publicação nas redes sociais, e que Penélope Miranda também estaria na companhia dele. De posse dessa informação, ele saiu de Parnaíba às 23h do dia 26 de agosto, um dia antes do crime.

Fonte: JTNEWS

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