Você sabe o que é a Violência Psicológica?
Quando falamos em violência psicológica não tem como não fazermos a ligação ao feminicídio. Que infelizmente faz parte da realidade que temos vivenciado. Como já sabemos, a violência psicológica acontece em sua grande maioria, dentro do próprio lar e o agressor geralmente é o cônjuge, companheiro ou ex-companheiro da vítima.
Práticas como o ciúme desmedido, o controle excessivo, a agressividade nas palavras, os adjetivos pejorativos, a rejeição, o desrespeito, a humilhação, a intimidação, o domínio econômico, a ameaça de violência física e o isolamento relacional, são apenas alguns dos exemplos práticos desta triste realidade.
A Lei Maria da Penha em seu artigo 7º, Inciso II assim a descreve:
"II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;"
Perceba que ela é demonstrada em pequenos gestos,inicialmente de maneira velada, são ofensas, críticas à sua imagem, com o intuito de diminuir a autoestima, aos poucos vai ocorrendo a manipulação emocional, inclusive dos seus valores, com a intenção de retirar a capacidade de expressar suas vontades e pensamentos, seu poder de decisão e a tornar dependente do relacionamento de maneira disfuncional.
Muitas vezes a mulher é afastada de seus familiares e amigos, algumas não tiveram muitas oportunidades de estudo, não possuem renda financeira, acabam se submetendo ainda mais a violência psicológica e não sabem como sair dessa situação.
É comum o agressor usar de palavras e atitudes para ofender e denegrir a imagem da vítima, menosprezar seus sentimentos, ferir sua autoestima, retirar-lhe o valor enquanto ser humano, não respeitar suas opiniões, valores e crenças para lhe impor poder, desrespeito e dominação.
Os efeitos deste tipo de violência são maiores do que se pode imaginar e podem ser levados para o resto da vida. Pessoas que passam por esse tipo de violência, têm maior probabilidade de ter sintomas de ansiedade, baixa autoestima, depressão, sensação de vazio, sentimentos de incapacidade e culpa, angústia, perdas da memória, transtorno do pânico e fobias. O resultado disso é que muitas têm grande dificuldade em perceber o sentido de suas vidas e de manter e até criar laços afetivos, há uma anestesia emocional, e consequentemente aumenta a possibilidade de tentativa de suicídio por essa falta de esperança.
Colaborar para que as mulheres em situação de violência psicológica, consigam se autopercepção, tenham consciência dos seus direitos e reúnam forças para o seu enfrentamento; é uma batalha e responsabilidade que deve ser de todos!
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